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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MAU HÁLITO

30% dos brasileiros sofrem de halitose, que passa despercebido por quem tem este problema. Causas podem ser alterações metabólicas ou indícios de doenças

Quem convive com alguém que tem mau hálito sabe como é constrangedor ter de avisar a pessoa sobre o problema. E o porcentual de brasileiros que tem halitose não é baixo: atinge 30% da população, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). O problema, no entanto, não é considerado doença. É, na verdade, sinal para outras complicações de saúde como sinusites, doenças na gengiva e diabete. O mau hálito também tem causas metabólicas, como realizar exercícios físicos sem se hidratar ou ficar muito tempo sem comer.

“O mau cheiro da boca é ocasionado por uma associação de fatores que geram uma produção maior de saburra (placa esbranquiçada) em cima da língua. Quase nunca são por falta de higienização”, explica a dentista e membro da ABHA Sílvia Regina Pontes. A maior quantidade de saburra se dá pelo aumento de bactérias na boca, que produzem o chamado composto sulfurado volátil, outro responsável pela halitose. A alteração da saliva, como pouca produção ou textura muito viscosa, também desencadeia o problema. “Isso pode ocorrer por estresse, uso de medicamentos xerostômicos que diminuem a salivação (como remédios para pressão arterial e antidepressivos), estresse ou respiração bucal”, diz a dentista.

Raramente, de acordo com Sílvia, a pessoa com halitose percebe o mau cheio. Por isso o ideal é fazer o alerta. A ABHA conta com o SOS Mau Hálito, que avisa por meio de e-mail ou carta que a pessoa está com o problema. No ano passado, cerca de mil pessoas de várias partes do país foram alertadas por endereço eletrônico e 270 por carta. Quem entra em contato com a associação pode ficar despreocupado, já que o aviso vai em nome da ABHA.

“Muitos procuram tratamento depois”, diz a presidente da ABHA, Daiane Rocha. A associação, porém, já presenciou casos de pessoas revoltadas. “Teve um senhor que ligou e escreveu diversas vezes, indignado, querendo saber quem pediu para enviar o e-mail. Mas nunca revelamos, tudo fica no sigilo.”

Para o diagnóstico, o dentista faz um histórico médico e odontológico do paciente, testes com um aparelho que mede o composto sulfurado volátil (até 80, é considerado normal) e um exame para avaliar o fluxo salivar. De acordo com a dentista Sílvia Pontes, o trabalho em parceria com outros profissionais da saúde é essencial. “Se percebo que ele dorme muito com a boca aberta, encaminho para um otorrinolaringologista. E vice-versa.”


Fonte: www.alanac.org.br

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