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segunda-feira, 30 de maio de 2011

CÂMARA PROÍBE VENDA DE DROGAS PSICOTRÓPICAS A CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira a inclusão, na lista de produtos cuja venda é proibida a crianças e adolescentes, das drogas psicotrópicas depressivas, estimulantes ou perturbadoras do sistema nervoso central; dos esteroides anabolizantes; e das substâncias de efeitos análogos ao das bebidas alcoólicas.

A medida consta do Projeto de Lei 2716/07, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90). O ECA já proíbe, de forma genérica, a venda de "produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida".
Como havia sido aprovado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Seguridade Social e Família, o projeto seguirá para o Senado, caso não haja recurso para que seja votado pelo Plenário.


Outras proibições
A relatora, deputada Sandra Rosado (PSB-RN), apresentou parecer pela constitucionalidade da matéria e de emenda da Comissão de Seguridade Social e Família, com substitutivo de redação, que não altera o conteúdo da proposta.
Atualmente, o ECA já proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas, armas, munições, fogos de artifício, bilhetes lotéricos, revistas pornográficas, entre outros produtos. E a emenda da comissão de Seguridade acrescentou o cigarro à lista de produtos cuja comercialização é proibida a menores.

fonte: Oscar Telles, Agência Câmara
http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6349&catid=:noticias-do-setor


VIAGRA AJUDA A COMBATER SINTOMAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Estudo espanhol apresentou recuperação quase completa em 50% dos casos observados
Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) divulgaram um estudo que mostra os efeitos positivos da administração de Viagra em animais com esclerose múltipla. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Acta Neuropathologica.
De acordo com o estudo de dois grupos, liderados pela Dr. Agustina García e pelo Dr. Juan Hidalgo, ambos da UAB, foram observadas recuperações quase completa em 50% dos casos após tratamento de apenas oito dias. Como o medicamento já é comercializado e bem tolerado, os pesquisadores acreditam que testes com seres humanos serão autorizados em breve.
A esclerose múltipla não tem cura, mas alguns medicamentos já se mostraram eficientes no combate de alguns sintomas e para prevenir a progressão do problema, que é o tipo de doença inflamatória crônica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos. Ela é causada pela presença de focos múltiplos de desmielinização (que resulta na perda da bainha da mielina em torno dos axônios e afeta a capacidade dos neurônios de se comunicarem) e pela neurodegeneração em diferentes áreas do sistema nervoso central.
Os pesquisadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose mltipla conhecida como encefalomielite autoimune experimental (EAE). Eles observaram como o remédio reduziu a infiltração de células inflamatórias na massa branca da medula espinal e por consequência nos danos no axônio da célula nervosa, facilitando a reparação da mielina.
O Sidenafil faz parte de um grupo de medicamentos conhecidos como vasodilatadores e usados nos tratamentos de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. Estudos anteriores sobre doenças no sistema nervoso central de animais já mostraram que, além da vasodilatação, este tipo de medicamento pode apresentar ações neuroprotetoras.

fonte: O Estado de S.Paulohttp://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6350&catid=:noticias-do-setor

NOVO REMÉDIO PRA EJACULAÇÃO PRECOCE ESTÁ PERTO DE APROVAÇÃO

Uma nova droga para o tratamento da ejaculação precoce tem indicado bons resultados em testes clínicos e está quase pronta para ser lançada comercialmente. Produzido pela Ampio Pharmaceuticals, o medicamento terminou a última fase de testes clínicos, com 604 pacientes, nos quais mostrou resultados estatisticamente relevantes. A companhia farmacêutica agora espera a aprovação para comercialização na Europa.Batizado de Zertane, o novo medicamento tem uma grande vantagem em relação aos usados atualmente para o tratamento da disfunção: é um comprimido tomado via oral antes das relações sexuais. Os outros são de uso prolongado, e têm de ser ingeridos diariamente. "O tratamento da ejaculação precoce é tradicionalmente feito com remédios que diminuem a ansiedade, como ansiolíticos (tranquilizantes), que demoram entre 15 e 20 dias para fazer efeito e são de uso contínuo", diz o urologista Carlo Passerotti, do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.A substância ativa do novo medicamento é o cloridrato de tramadol, substância usada desde a década de 1990 no tratamento da dor. Segundo a empresa, o Zertane aumenta o controle da ejaculação. A Ampio é especialista em “reposicionamento” de medicamentos. Ela testa substâncias que já foram aprovadas e estão no mercado no tratamento de doenças diferentes das previstas originalmente. A ejaculação precoce é a disfunção sexual masculina mais comum e atinge de 25% a 30% dos homens entre 18 e 75 anos.
fonte:Veja http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6358&catid=:noticias-do-setor

CHÁS NATURAIS PODEM TER GRAVES EFEITOS SE USADOS SEM PRESCRIÇÃO

Se um produto é natural e não precisa de prescrição médica para ser usado, ele deve ser seguro, fazer bem à saúde e quase não ter efeitos colaterais, certo? Não necessariamente. A medicina alternativa complementa os cuidados com a saúde - cerca de 25% de todos os medicamentos são derivados de árvores, arbustos ou ervas. Mas, se não usados com cautela, os produtos naturais podem causar reações adversas e até modificar a ação de outros remédios.A arnica, por exemplo, usada como cicatrizante de hematomas, pode causar diminuição do efeito de remédios para pressão alta."As pessoas acham que é natural e que pode tomar à vontade. Acham que, se não faz bem, mal não faz. Isso é errado, porque dependendo da dosagem pode virar veneno. Ou seja, não se deve tomar chás ou cápsulas naturais sem orientação", explica o médico João Marcello Branco. Os fitoterápicos são uma classe de substâncias retiradas da natureza classificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como medicamentos e devem ser tratadas como tal."Algumas ervas potencializam o efeito dos medicamentos sintéticos. Outras atrapalham. Além disso, muitas vezes as drogas e os fitoterápicos são metabolizados no mesmo órgão, como o fígado. Isso sobrecarrega seu funcionamento e pode provocar uma hepatite medicamentosa aguda¿, diz Branco.Os piores suplementos, segundo Nancy Snyderman, otorrinolaringologista especialista em câncer de pescoço e garganta, são os que prometem perda de peso. Muitos dizem acelerar o metabolismo, controlar o apetite e queimar gorduras. Mas são associados a estimulantes como cafeína, que causam efeitos colaterais graves, como estímulo excessivo do sistema nervoso central e aumento da pressão.A rede municipal tem especialistas em medicina natural. Informações sobre atendimento podem ser obtidas no Disque Rio (1746).

Misturas Perigosas
Camomila - Usada como calmante e anti-inflamatório, prejudica a ação de remédios para afinar o sangue e bloqueia a absorção de ferro.
Éfedra - Indicada para tratamento de obesidade e asma, a substância aumenta a pressão arterial e pode estimular excessivamente o sistema nervoso central.
Ginkgo Biloba - A planta costuma ser usada para melhorar a circulação e até mesmo a memória, mas pode trazer sérios riscos. O produto potencializa o efeito dos medicamentos para afinar o sangue e pode aumentar o risco de convulsões. 
Ginseng - Usado como estimulante, o ginseng interfere na ação de medicamentos para o coração, para controlar a pressão e para diabete. Além disso, o produto prejudica a ação de antidepressivos e de drogas para afinar o sangue.

fonte:  Portal Terra http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6354&catid=:noticias-do-setor

MINISTRO DEFENDE DSONERAÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE MEDICAMENTOS

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (24) que é favorável à redução de impostos que incidem sobre equipamentos da área de saúde e medicamentos produzidos no país. Ao participar da feira Hospitalar, em São Paulo, ele afirmou que essa ideia não está contemplada na proposta de reforma tributária elaborada pelo governo federal, mas ressaltou que o tema está sendo discutido pelo Ministério da Saúde com os setores de saúde do país.
De acordo com Padilha, o ministério tem interesse em discutir com os governadores, o Congresso Nacional e todos os setores da sociedade uma agenda voltada à redução de tributos, que tenha reflexos a diminuição dos preços de medicamentos e equipamentos usados na área da saúde.
Durante discurso, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que a indústria nacional do setor de saúde está perdendo competitividade sobre os importados porque os tributos que incidem sobre os produtos nacionais são muito altos.

fonte:  DCI 
http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6361&catid=:noticias-do-setor

NOVO REMÉDIO AVANÇA NO COMBATE AO ALZHEIMER

Todos os remédios criados para combater o Alzheimer até hoje tiveram sucesso apenas parcial. A causa: é muito difícil criar moléculas que passem pela barreira hematoencefálica, uma fortaleza que seleciona os componentes do sangue que entram no cérebro. Por isso, as tentativas de atacar as placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro e causam a perda das funções cognitivas, como a memória, acabam gerando poucos resultados.Pesquisadores de biotecnologia da Genentech, uma companhia conhecida por criar tratamentos contra o câncer baseados em anticorpos, afirmam, porém, ter desenvolvido uma forma de passar por essa barreira e chegar ao cérebro. Suas descobertas, divididas em dois estudos publicados na revista Science Translational Medicine, podem representar tratamentos eficazes para o Alzheimer, esquizofrenia, Parkinson e até mesmo autismo. "Eles abrem uma nova fronteira no tratamento baseado em anticorpos", afirmou Mark Dennis, um dos cientistas da Genentech.O que acontece atualmente? Pequenas moléculas podem atravessar essa barreira, mas grandes moléculas, como anticorpos criados em laboratório, ficam presas nas intricadas malhas de vasos sanguíneos do cérebro. Segundo Ryan Watts, diretor de neurosciência da Genentech, que trabalhou em ambos os estudos, menos de 0,1% dos medicamentos que usam anticorpos passam pela barreira. "Essa nova tecnologia pode melhorar significativamente esta taxa", disse Watts. O novo medicamento funciona por meio do bloqueio do beta-secretase 1 ou BACE, enzima necessária para cortar as proteínas beta-amiloide, formando placas que aderem nos cérebros dos pacientes com Alzheimer. 


Cavalo de Troia — O primeiro passo do estudo obteve sucesso relativo. Testes em camundongos e macacos mostraram que os anticorpos reduziram efetivamente a quantidade de beta-amiloide no sangue dos animais, mas apresentaram um efeito modesto na redução dos níveis da proteína no cérebro.Para superar o problema, a equipe decidiu usar uma abordagem Cavalo de Troia. Sabendo que o ferro chega facilmente no cérebro, eles fizeram o anticorpo específico para receptores de transferrina, responsável pelo transporte de ferro através da barreira hematoencefálica. Mesmo assim, as moléculas maiores continuavam presas na barreira. A saída foi deixá-las menos 'grudadas' aos receptores de transferrina. Ao chegar à barreira, então, elas 'caíam' dos receptores e entravam no cérebro.Novos testes em ratos mostraram que os anticorpos atingiram o alvo e reduziram consideravelmente a quantidade de proteína prejudicial no cérebro. Várias empresas já estão desenvolvendo remédios que funcionam de forma parecida. "Agora nós vamos atrás disso de forma agressiva", disse Watts, acrescentando que a Genentech estudará tratamentos de anticorpos para outras doenças neurodegenerativas, além do Alzheimer.
 fonte: Veja http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6374&catid=:noticias-do-setor

NOVO NORDISK TRAZ O VICTOZA E PRVÊ ELEVAR VENDA NO PAÍS

Chega ao Brasil a nova grande aposta da farmacêutica multinacional Novo Nordisk. O medicamento para controle do diabetes do tipo 2 Victoza é considerado pela empresa seu novo 'blockbuster': até o fim do ano, as projeções da dinamarquesa apontam vendas de US$ 1 bilhão no mundo. E a companhia conta com seus negócios no Brasil, um dos mercados emergentes com a economia em alta, para esse impulso.
"Nossas expectativas são muito promissoras com esse produto", afirmou ao Valor o gerente-geral da Novo Nordisk no Brasil, Gustavo Mizraje. Argentino, de 43 anos, o executivo ocupa o mais alto cargo da subsidiária no país. Ele estima que, impulsionados pelo Victoza, os resultados brasileiros deverão crescer 30% neste ano.Parte dessas projeções otimistas já foram confirmadas. Depois de mais de dez anos de desenvolvimento, no segundo semestre de 2009 o medicamento foi lançado na Europa e, a partir de então, os lançamentos passaram para os EUA, Argentina e México. Hoje, já é comercializado em 35 países. No ano passado, as vendas do Victoza somaram US$ 400 milhões.

O potencial do mercado para produtos contra o diabetes é grande, informa a empresa, que chegou no Brasil em 1990 e em 2002 comprou a Biobrás, até então único produtor nacional de insulina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes que, em 2000, somava 150 milhões, chegou a 285 milhões em 2010 e deve avançar para 435 milhões em 2030. No Brasil, hoje há 7,6 milhões de pessoas com diabetes. Do total de diabéticos, 90% são do tipo 2.
Produzido na Dinamarca, o novo medicamento começou a ser comercializado neste mês no Brasil. Segundo Mizraje, não há, por enquanto, a intenção de fabricá-lo no país, que abriga em Montes Claros (MG) o segundo maior parque industrial da multinacional, depois da matriz. A produção na unidade dinamarquesa seria suficiente para atender a demanda projetada pelo produto globalmente. Além do setor privado, a empresa quer também atingir o governo brasileiro, que distribui medicamentos contra o diabetes gratuitamente à população. A Novo Nordisk é o único fornecedor de insulina humana para o Ministério da Saúde após ganhar licitações em 2009 e 2010. As vendas ao governo respondem por 80% da sua receita no país. A empresa não informa o valor, mas hoje o mercado brasileiro representa para a multinacional 32% das vendas na América Latina. Enquanto a região cresceu 28% em 2010, a subsidiária no país cresceu 55%. No mercado privado, medido pela IMS Health, a empresa informa que tem 45,8% de participação das vendas em insulinas modernas, que é seu segmento de ponta. Do faturamento global - que somou US$ 11,5 bilhões no ano passado -, as vendas de produtos para tratamentos do diabetes representaram mais de 70%. "Mas essa proporção deve aumentar com a entrada do Victoza", informou Mizraje. Além desses produtos, a companhia tem tratamentos para hemofilia e hormônios do crescimento. No entanto, a grande parte dos investimentos são direcionados para a produção de insulinas. As principais concorrentes no mercado de diabetes, a Eli Lilly e a Sanofi-Aventis, atuação com material importado e também estão se voltando para novas aplicações e formatos de tratamento. A grande expectativa é o desenvolvimento da insulina na forma de comprimido. "Já temos um projeto para isso, que está na fase I de desenvolvimento ", informou.

fonte: Vanessa Dezem e Ivo Ribeiro, Valor Econômico
http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6375&catid=:noticias-do-setor 

terça-feira, 24 de maio de 2011

CHEGA AO BRASIL NOVO REMÉDIO PARA HIPERATIVIDADE

O tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção e Hipera­tividade (TDAH) ganhou um novo reforço no Brasil este mês. Na semana passada, começou a ser comercializado no país o Venvanse, fabricado pela Shire. Disponível nos Estados Unidos desde 2007, uma de suas principais vantagens é que o remédio leva até duas horas após a ingestão para fazer efeito, o que torna os resultados mais sutis, evitando oscilações de humor. “O medicamento também atua por mais tempo no organismo por ter dose única diária, o que permite que a criança desempenhe melhor suas atividades”, explica Fábio Barbirato, chefe do setor de Neuropsiquiatria da Infância e Adolescência da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Os remédios utilizados atualmente têm efeito de três a quatro horas, o que exigia que o paciente tomasse as doses várias vezes ao dia. Por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento apenas para crianças entre 6 e 12 anos, mas, segundo Barbirato, a expectativa é de que em alguns meses ele já possa ser receitado para adolescentes e adultos.

fonte: Gazeta do Povo - Curitiba

GRUPO EMS PLANEJA OFERTA DE AÇÕES DA GERMED

O empresário Carlos Eduardo Sanchez, dono do grupo EMS, decidiu que fará oferta de ações na bolsa da Germed Pharma em cerca de dois anos, segundo apurou a reportagem do Valor. Essa empresa nasceu como marca da EMS Pharma em 2002, se transformou em empresa independente em 2009 e é a que mais cresce na organização entre os negócios de medicamentos nos últimos anos. Além da EMS Pharma e Germed, o grupo controla a Legrand e a Nova Química.
De acordo com pessoas próximas, a oferta de ações da Germed poderá ocorrer em 2013. O prazo não está formalmente estabelecido. A única certeza é que, para ir à bolsa, a empresa terá que dobrar o faturamento, que foi de R$ 393,9 milhões em 2010.
Esse valor equivale às vendas de medicamentos pela tabela "cheia" de preços. Se for considerado que as indústrias farmacêuticas concedem descontos entre 50% a 75% nos remédios vendidos nas farmácias, estima-se que a Germed terá de aumentar seu faturamento atual "limpo de descontos" de R$ 210 milhões projetado para 2011 para cerca de R$ 500 milhões por ano.
"A oferta de ações da Germed já foi discutida em reunião de conselho, mas não há estratégia definida. Primeiro, queremos consolidar a Germed na terceira posição do ranking da indústria farmacêutica", diz o executivo José Cosme, presidente da empresa.
Além de "testar" o mercado, Sanchez quer "sentir" como é ser dono de uma companhia com sócios investidores. "A partir daí, ele poderá pensar na possibilidade de levar a EMS Pharma para a bolsa também", diz uma fonte próxima do empresário.
O que está por trás da decisão de Sanchez é o ritmo de expansão acelerado da Germed nos últimos anos. Lançada como segunda linha da EMS Pharma em 2002, a Germed detém hoje quase 6% do mercado de genéricos.
Em 2009, ocupou a quinta posição no ranking de genéricos, com faturamento de R$ 181,8 milhões (valor "cheio"). À frente, estavam os laboratórios Medley, EMS Pharma, Eurofarma e Aché.
No acumulado deste ano até março, a empresa já se posicionou no terceiro lugar, com uma pequena vantagem em relação à concorrente Eurofarma e atrás apenas de Medley e EMS Pharma. No primeiro trimestre, o faturamento "cheio" da Germed foi de R$ 107,7 milhões, contra R$ 107,3 milhões da Eurofarma.
Sob o comando de José Cosme desde a criação, a Germed fundamenta sua expansão em duas principais vertentes. A primeira segue a estratégia da empresa EMS Pharma - a rapidez no lançamento de genéricos quando cai as patentes de fórmulas de referência.
A segunda vertente é a aposta de linhas de medicamentos que exigem prescrição médica voltadas para diferentes especialidades, como dermocosméticos e endometabólico. O Lipiblock, usado para emagrecer, por exemplo, é hoje um dos maiores concorrentes do Xenical, da Roche.
As linhas de prescrição encerram o trimestre respondendo por 29% dos negócios da Germed. Em 2010, respondiam por 22%.
A Germed não investe em remédios conhecidos como OTC (venda livre). "OTCs exigem pesados investimentos em mídia. Com esses recursos, apostamos e prescrição, que têm melhor rentabilidade, e genéricos, o segmento que mais cresce no país", diz Cosme. (DC)


CIMED CORRE ATRÁS DE GENÉRICOS E FOCA EM NUTRIÇÃO

Depois de chegar atrasado no concorrido mercado de genéricos, o grupo farmacêutico Cimed investe na diversificação de seu portfólio e na atuação completa na cadeia de produção de medicamentos para fazer frente à competição e à consolidação do setor.
"Hoje estamos cinco anos atrás em genéricos na comparação com as grandes empresas. Mas eu me preparei e expandi o portfólio", afirmou ao Valor o presidente do grupo, João Adibe. Com sede em São Paulo e um complexo fabril em Pouso Alegre (MG) - de capacidade produtiva de 16 milhões de unidades (caixas de medicamentos) por mês - a empresa prevê crescimento de 40% no faturamento deste ano, para cerca de R$ 420 milhões.
Para alcançar essa meta, no entanto, vai precisar correr atrás do tempo perdido. "A gente não via o genérico como prioridade", disse o executivo, que destaca a estratégia de voltar os investimentos para essa área, que hoje tem cerca de 40 produtos. Há dois anos, a Cimed montou seu próprio laboratório, com a função de fazer todos os testes de bioequivalência dos medicamentos desenvolvidos pela empresa e agilizar a entrada dos genéricos no mercado.
Outra área que tem chamado a atenção do executivo é a de nutrição. Com a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no fim de 2010, que coloca os medicamentos atrás do balcão, as prateleiras das farmácias ficaram com espaços vagos o que, segundo Adibe, gerou uma oportunidade para produtos como os de suplementação alimentar, vitamínica e compostos auxiliares na redução de peso. No segmento de suplementos para atletas, a empresa vai usar a imagem e os personagens do voleyball, esporte pelo qual ela é reconhecida, com a gestão do Cimed Esporte Clube.
Hoje, além de genéricos e nutrição, a Cimed atua nas linhas OTC (sem prescrição), farma (com prescrição), higiene pessoal e hospitalar. O ganho de competitividade dos produtos da empresa está nas farmácias, que os recebem mais baratos, segundo o executivo, já que o grupo possui 17 centros de distribuição próprios. "Repasso o lucro do distribuidor direto para a farmácia", contou Adibe.
Mas, com o foco das vendas nas classes C e D, o lucro das operações é pressionado pelo baixo valor agregado de seus principais medicamentos. "As margens vêm caindo e temos de investir na produção para sermos competitivos", completou o executivo. Com a onda de aquisições no setor farmacêutico brasileiro, Adibe não descarta a possibilidade de sua empresa ser comprada. "Se não formos comprados, a minha estratégia é justamente o foco na distribuição", enfatizou.

fonte: Vanessa Dezem, Valor Econômico

TAKEDA COMPRA SUÍÇA NYCOMED DE OLHO NO MERCADO DOS EMERGENTES

Laboratório japonês paga R$ 22,08 bilhões pela fabricante da Neosaldina e Dramin, que possui forte presença em países como Brasil e Rússia.
A farmacêutica japonesa Takeda anunciou ontem o acordo de compra da Nycomed, conhecida no Brasil pelas marcas de medicamentos como Neosaldina e Dramin, por € 9,6 bilhões (R$ 22,08 bilhões). Segundo Tobias Cottman, porta-voz da empresa, a transação deve ser concluída até o fimde setembro.
“Só então, se poderá falar nas ações para a integração das duas companhias, inclusive no Brasil.” Embora a Takeda seja o maior laboratório farmacêutico do Japão e um dos líderes globais, a empresa entrou recentemente no Brasil e apenas terceiriza seus medicamentos. Já para a suíça Nycomed, o mercado nacional é o segundo do mundo da farmacêutica suíça, ficando atrás apenas da Rússia.
A situação das duas empresas já dá uma ideia do interesse da Takeda na aquisição. “Essa transação transformacional se encaixa na estratégia de nosso crescimento sustentado.
A Nycomed permitirá que a Takeda maximize o valor de seu portfólio e nos dá uma presença forte imediata nos mercados emergentes em rápido crescimento o que permitirá dobrar o número de nossas vendas”, afirma o presidente da companhia japonesa, YasuchikaHasegawa, em documento.
Mercados emergentes foram responsáveis por quase dois quintos da receita da Nycomed em2010 e a projeção era de gerar 60% das vendas até 2015.
As vendas nesses mercados saltaram 30% no ano passado.
O porta-voz da nova empresa, Tobias Cottman, citou o Brasil como um dos mercados emergentes de interesse da “nova Takeda”.
Mas a aquisição também permitirá à companhia japonesa expandir-se na Europa. Hakan Bjorklund, presidente da Nycomed afirmou que “a combinação da visão inovadora da Takeda com a eficiência da infraestrutura e comercialização da Nycomed deve criar uma parceria global com a habilidade de levar medicamentos para pacientes e serviços de saúde em todo o mundo”. A Takeda tem uma presença forte no Japão, Taiwan, China e nos Estados Unidos. Tanto que só ficou de fora da aquisição, segundo a nota da companhia, o mercado de dermatologia americano.

Droga para o pulmão
Em nota, a Takeda cita entre as vantagens da aquisição, as possibilidades de venda do Daxas, medicamento voltado para doenças alérgicas e respiratórias e que deverá ser “a maior fonte de crescimento da nova empresa”.
Trata-se de uma nova classe de medicamentos que complementa o tratamento de doenças como bronquite crônica e enfisema pulmonar, que ocorre, na maioria dos casos, em fumantes.
As pesquisas com o princípio ativo do medicamento começaram na Europa há cerca de vinte anos e ainda continuam, uma vez que essas doenças constituem uma das principais causas de morte no mundo. A Takeda atua em várias especialidades médicas, sendo conhecida pela droga para diabetes Actos, cuja patente deve vencer em 2012.

fonte: Martha San Juan França, Brasil Econômico

quinta-feira, 19 de maio de 2011

JUSTIÇA FEDERAL SUSPENDE GENÉRICO DE DROGA UTILIZADA PARA TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO

A Justiça Federal em Brasília determinou o cancelamento do registro de dois genéricos do Lexapro (oxalato de escitalopram), usado contra depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que vai recorrer da decisão. Defensores dos medicamentos genéricos temem que a determinação abra precedente para outras anulações de registro.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, na decisão o juiz entendeu que os dois genéricos foram feitos com base em testes de segurança do laboratório dinamarquês Lundbeck, o primeiro a registrar o medicamento. Para o magistrado, esses testes - exigidos pela Anvisa - devem ser mantidos em sigilo pela agência por dez anos, mesmo que a patente tenha expirado.
A Anvisa, por sua vez, nega disponibilizar os testes para outras empresas. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, Odnir Finotti, afirmou que os fabricantes de genéricos não usam estudos feitos por outras empresas.

DOIS EM CADA TRÊS ACHAM QUE PODEM FAZER MELHOR QUE CHEFES

Quase dois terços dos trabalhadores acreditam que podem fazer um trabalho melhor do que seus chefes, segundo enquete online realizada em 52 países por uma consultoria internacional de recursos humanos.
Segundo a enquete, 33% dos trabalhadores consideram seus chefes “totalmente incompetentes” e outros 34% dizem que seus chefes são “OK”, mas que eles próprios poderiam fazer um trabalho melhor.
Pouco menos que um em cada cinco trabalhadores que responderam à enquete disseram que seus chefes são melhores que eles, e outros 15% também descrevem seus chefes como “brilhantes”.
Segundo a pesquisa, os britânicos são os que menos veem seus chefes positivamente – 41% descrevem seus superiores como “totalmente incompetentes”, e apenas um em cada dez considera seus chefes “brilhantes”.
A enquete da consultoria Monster Worldwide, que ouviu mais de 9 mil pessoas em 52 países, verificou ainda que os trabalhadores chineses foram os que se mostraram mais confiantes em seus chefes.
Os resultados indicam que apenas 15% dos trabalhadores chineses questionam a competência de seus chefes, enquanto quase um terço os vê como “brilhantes”.
Na América do Sul, 37% dos trabalhadores ouvidos disseram considerar seus chefes “totalmente incompetentes” e 32% os consideram “OK”, apesar de achar que podem fazer um trabalho melhor que eles.
Apenas 12% dos sul-americanos disseram considerar seus chefes “brilhantes”, enquanto outros 19% apenas veem seus superiores como mais capazes do que eles.

'Frustração'
“Esta pesquisa revela uma grande frustração entre os funcionários de mais baixo escalão, cuja vasta maioria acredita ser suficientemente competente para assumir mais responsabilidades”, afirma Isabelle Ratinaud, diretora de marketing da Monster na Grã-Bretanha.
Para ela, os resultados não significam que a maioria dos chefes são tão ruins, mas indicam ressentimento dos empregados por causa dos salários mais altos dos chefes ou a falta de comunicação entre os chefes e suas equipes.
“Isso não significa que os funcionários devem aguentar um empregador incompetente. Se eles acham que podem fazer melhor, devem tentar uma promoção ou tentar uma posição de chefia em outro lugar”, disse.
Segundo ela, “é vital que os empregadores mantenham suas equipes o mais informadas possível e que os façam se sentir recompensados por um trabalho bem feito”.
A enquete da Monster foi feita entre os visitantes do site da consultoria entre os dias 1º de abril e 14 de abril deste ano. O levantamento, que contabilizou apenas um voto por usuário, não tem valor científico.

terça-feira, 17 de maio de 2011

NOVO TESTE DETECTA CÂNCER DE PRÓSTATA COM MAIS PRECISÃO

Estudo sueco mostra que exame de sangue identifica tumor com menos riscos de resultados falsos-positivos
Método usado hoje leva a sobrediagnóstico; os resultados são iniciais, e o exame vai levar anos para chegar ao mercado
Um novo método para diagnosticar câncer de próstata promete ser mais preciso do que o teste usado hoje, o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês).
O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata. É um indicativo de câncer, mas é criticado por dar falsos-positivos.
Uma dosagem alta de PSA pode significar também infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata.
O novo teste, chamado de 4PLA, foi desenvolvido pela Universidade Uppsala, na Suécia. O estudo com os resultados do exame foi publicado nesta semana no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O exame detecta, no sangue, a quantidade de prostassomas, microvesículas produzidas na próstata.
Normalmente, essas estruturas são liberadas no sêmen para aumentar a mobilidade dos espermatozoides. Se há câncer, a produção das microvesículas aumenta, e elas caem na corrente sanguínea.
No estudo, o teste detectou níveis até sete vezes maiores dessas estruturas no sangue de 20 pacientes com câncer, em comparação com outras 20 pessoas sem câncer.
O exame conseguiu ainda distinguir a gravidade da doença. A diferença foi vista em 59 pacientes com câncer de próstata com graus de 5 a 9 na escala de Gleason. A graduação vai de 2 a 10 e mostra a agressividade da doença.
A primeira versão do teste foi mais precisa para detectar cânceres de média e alta gravidades do que tumores menos agressivos.

MENOS BIÓPSIAS 
Especialistas veem os resultados iniciais do teste como promissores.
"Um teste como esse pode ser de grande utilidade clínica, porque o PSA alto nem sempre significa câncer, e muitos pacientes fazem biópsias desnecessárias", diz o urologista Anuar Ibrahim Mitre, do Hospital Sírio-Libanês.
Hoje, dependendo da dosagem do PSA e do exame de toque, além de fatores como história familiar, o paciente pode ser submetido a uma biópsia para saber se tem ou não câncer de próstata.
O procedimento pode causar sangramento e, mais raramente, infecções, além de angústia, afirma Mitre.

ALTO OU BAIXO RISCO
Como o novo teste determina a gravidade do câncer, ele também pode ser usado para saber se é necessário ou não fazer o tratamento, de acordo com Gustavo Guimarães, oncologista e diretor do núcleo de urologia do Hospital A.C. Camargo.
"O PSA não faz isso, e esse é o diferencial desse novo marcador", afirma Alexandre Crippa, uro-oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Alguns tumores progridem lentamente, e o tratamento, que pode causar disfunção erétil e incontinência urinária, pode ser substituído por acompanhamento médico.
"Hoje, não conseguimos diferenciar os pacientes que vão ou não morrer de câncer. Por isso se busca algo que mostre se o câncer é de alto risco, para reduzir o número de tratamentos desnecessários", diz Guimarães.
O pesquisador Masood Kamali-Moghaddam, um dos autores do estudo, afirma que o teste precisa de melhorias. Os resultados iniciais devem ser sustentados por uma pesquisa maior, que já começou.
"Ainda pode levar alguns anos até que o exame seja usado de forma rotineira", afirmou à Folha.
Para Guimarães, o teste, de alta tecnologia e, portanto, mais caro, pode ser usado de forma complementar ao PSA e indicado para os pacientes que têm resultados alterados. 

fonte: Folha de S.Paulo - http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6300&catid=:noticias-do-setor

MEDLEY FECHA MARÇO COMO LÍDER E DISPUTA FICA ACIRRADA

A acirrada disputa entre as indústrias farmacêuticas atingiu o auge em março, quando o laboratório Medley assumiu a liderança no ranking pela primeira vez desde que a rival EMS Pharma - do grupo EMS - se consolidou como a número 1 do setor, em 2007.
Dados divulgados pela consultoria americana IMS Health mostram que, em março, a Medley superou em vendas de unidades sua principal concorrente. Números obtidos pelo Valor com fontes do setor mostram ainda que a Medley encerrou março com participação de 7,4% do mercado e receita de R$ 262,2 milhões, contra 7,1% da EMS Pharma, que faturou R$ 250,6 milhões no mesmo mês.
Os Valores do IMS são "cheios", ou seja, consideram a venda dos medicamentos sem os descontos praticados pelas indústrias no balcão das farmácias, que podem chegar a 75% dependendo do medicamento.

A briga esquentou de tal maneira que a EMS Pharma reagiu rápido e retomou a liderança em abril, segundo aponta o levantamento da consultoria americana. "A partir de março, a competição passou a ser realmente cabeça a cabeça", afirma uma fonte do mercado consultada pela reportagem.

A ameaça da Medley é real e, com a velocidade de expansão que vem apresentando, o mercado já esperava a superação.

Enquanto o faturamento da EMS Pharma cresce a uma taxa que varia entre 25% e 35%, a Medley avança mais de 40%. "Alcançar a liderança total do mercado no mês de março foi a coroação de um trabalho contínuo de muitos anos", afirmou ao Valor o diretor-geral da Medley, Décio Decaro, em sua primeira entrevista à imprensa desde que assumiu o comando da empresa em junho do ano passado.

A EMS Pharma atribui a vantagem da concorrente à uma "esporádica" ação de marketing. "O ranking é uma fotografia do momento", diz Waldir Eschberger Junior, vice-presidente da EMS. "Garanto que terminaremos o ano na liderança", diz.

Entre janeiro e março, a EMS Pharma se manteve no topo, com faturamento de R$ 683,8 milhões. A Medley seguiu logo atrás, com vendas de R$ 652,9 milhões. Os valores também são "cheios".

"Imaginávamos que a Medley superaria a EMS Pharma. Mas foi uma surpresa ter acontecido já, agora", diz Bruno Sávio Nogueira, analista da consultoria Lafis e especialista no setor farmacêutico. Para ele, um dos principais fatores de sustentação da arrancada da Medley foi o novo fôlego injetado pelo grupo francês Sanofi-Aventis, que adquiriu a empresa em 2009.

A multinacional tem forte atuação no Brasil e é aqui que se concentra sua segunda maior operação depois da França. "Além dos aportes financeiros da multinacional na subsidiária brasileira, o alto conhecimento dos processos de gestão melhoraram as condições de negociação da empresa e sua estrutura de custos", diz Nogueira.

Segundo Decaro, apesar da EMS Pharma ter conquistado a liderança no mercado de medicamentos, a Medley vem se mantendo no topo do mercado de genéricos desde 2002. Hoje, esse é um fator que colabora para aumentar sua força no mercado total, já que o segmento é o que mais cresce no país.

Outro fator para o ganho de competitividade da companhia foi a diversificação de seus produtos nos últimos dois anos. "O amplo portfólio faz com que a empresa tenha maior poder de barganha nas farmácias", explica Nogueira.

A força de reação da EMS Pharma, controlada pelo empresário Carlos Eduardo Sanchez, porém, não pode ser menosprezada. A empresa continua surpreendendo pelas suas taxas de crescimento e, principalmente, sua capacidade de lançamentos de produtos.

Na área de genéricos, o laboratório é reconhecido por liderar a introdução de novos medicamentos após a quebra de patente das fórmulas de referência. A EMS Pharma foi a primeira a lançar a versão genérica do Viagra (para tratamento de disfunção erétil) e do Lipitor (combate o colesterol elevado), ambos da multinacional americana Pfizer.

Essa agressividade, porém, pode ser um problema para a companhia. Fontes do mercado afirmam que a capacidade de produção da EMS Pharma não tem acompanhado a demanda por seus produtos. "Em geral, as empresas de genéricos sofrem alguma falta de produto uma vez ou outra. No caso da EMS, há sinais de que já há perda de competitividade", diz a fonte.

Segundo a mesma fonte, o desequilíbrio entre oferta e demanda na EMS Pharma ocorre desde o fim de 2010. "O problema disso é que, na falta de medicamentos da EMS Pharma, o consumidor pode optar por outra marca". O grupo vai investir R$ 360 milhões em três novas fábricas: Manaus (AM), Brasília (DF) e Jaguariúna (SP). Elas devem ficar prontas até 2012.

A Medley também teria um ponto vulnerável. Para um observador, a estratégia da empresa é ganhar mercado "sacrificando" margens. "Há espaço no Brasil para isso porque a rentabilidade é maior em relação à Europa, por exemplo. Em algum momento, a Medley poderá pisar no freio no ganho de participação para recuperar rentabilidade", completa.

GRUPO EMS PLANEJA OFERTA DE AÇÕES DA GERMED

O empresário Carlos Eduardo Sanchez, dono do grupo EMS, decidiu que fará oferta de ações na bolsa da Germed Pharma em cerca de dois anos, segundo apurou a reportagem do Valor. Essa empresa nasceu como marca da EMS Pharma em 2002, se transformou em empresa independente em 2009 e é a que mais cresce na organização entre os negócios de medicamentos nos últimos anos. Além da EMS Pharma e Germed, o grupo controla a Legrand e a Nova Química.
De acordo com pessoas próximas, a oferta de ações da Germed poderá ocorrer em 2013. O prazo não está formalmente estabelecido. A única certeza é que, para ir à bolsa, a empresa terá que dobrar o faturamento, que foi de R$ 393,9 milhões em 2010.
Esse valor equivale às vendas de medicamentos pela tabela "cheia" de preços. Se for considerado que as indústrias farmacêuticas concedem descontos entre 50% a 75% nos remédios vendidos nas farmácias, estima-se que a Germed terá de aumentar seu faturamento atual "limpo de descontos" de R$ 210 milhões projetado para 2011 para cerca de R$ 500 milhões por ano.

"A oferta de ações da Germed já foi discutida em reunião de conselho, mas não há estratégia definida. Primeiro, queremos consolidar a Germed na terceira posição do ranking da indústria farmacêutica", diz o executivo José Cosme, presidente da empresa.

Além de "testar" o mercado, Sanchez quer "sentir" como é ser dono de uma companhia com sócios investidores. "A partir daí, ele poderá pensar na possibilidade de levar a EMS Pharma para a bolsa também", diz uma fonte próxima do empresário.

O que está por trás da decisão de Sanchez é o ritmo de expansão acelerado da Germed nos últimos anos. Lançada como segunda linha da EMS Pharma em 2002, a Germed detém hoje quase 6% do mercado de genéricos.

Em 2009, ocupou a quinta posição no ranking de genéricos, com faturamento de R$ 181,8 milhões (valor "cheio"). À frente, estavam os laboratórios Medley, EMS Pharma, Eurofarma e Aché.

No acumulado deste ano até março, a empresa já se posicionou no terceiro lugar, com uma pequena vantagem em relação à concorrente Eurofarma e atrás apenas de Medley e EMS Pharma. No primeiro trimestre, o faturamento "cheio" da Germed foi de R$ 107,7 milhões, contra R$ 107,3 milhões da Eurofarma.

Sob o comando de José Cosme desde a criação, a Germed fundamenta sua expansão em duas principais vertentes. A primeira segue a estratégia da empresa EMS Pharma - a rapidez no lançamento de genéricos quando cai as patentes de fórmulas de referência.

A segunda vertente é a aposta de linhas de medicamentos que exigem prescrição médica voltadas para diferentes especialidades, como dermocosméticos e endometabólico. O Lipiblock, usado para emagrecer, por exemplo, é hoje um dos maiores concorrentes do Xenical, da Roche.

As linhas de prescrição encerram o trimestre respondendo por 29% dos negócios da Germed. Em 2010, respondiam por 22%.
A Germed não investe em remédios conhecidos como OTC (venda livre). "OTCs exigem pesados investimentos em mídia. Com esses recursos, apostamos e prescrição, que têm melhor rentabilidade, e genéricos, o segmento que mais cresce no país", diz Cosme. (DC)

fonte: Valor Econômico - http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6308&catid=:noticias-do-setor