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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O HOMEM DO FUTURO

Fui asstir ao filme O homem do Futuro na noite de hoje na companhia da minha filha mais velha, de 16 anos. Como a própria crítica já diz, a gente vê Hollywood por todo canto. De Volta Para o Futuro, Efeito Borboleta, A Maquina do Tempo...enfim...picotes daqui e dali, mas se diferencia em algo esplendoroso...faz a gente refletir sobre nossas vidas. Nosso passado (recente ou distante). NÃO PODEMOS MUDAR O PASSADO, mas podemos ter atitudes diferentes no presente que construam um amanhã diverso daquele em que vivemos hoje. Aparentemente é utópico uma viagem no tempo, porém, o que são nossas lembranças? Nada mais que um retorno figurado ao nosso passado e com toda sua carga emocional...de forma alguma seríamos como somos no presente se algo tivesse sido diferente no passado. O importante não é o que mudamos lá atrás, mas quais atitudes iremos tomar para construir o futuro que sonhamos para nós. Quanto a esse futuro sonhado, será que ele realmente é importante? Até que ponto nosso egoísmo e nossas ambições atrapalham a construção de um ser humano melhor? não sei, mas posso dizer que se refletirmos bem e usarmos o amor...ah o amor...certamente teremos maior chances de sucesso no alcance da tão sonhada felicidade. Queremos e ambicionamos todo o material, mas esquecemos de construir nosso corações, nossa alma e nossas emoções. Esquecemos de evoluir para sermos sere humanos melhores. estamos presos nas convenções do ouro e do poder...esquecemos o amor, esse, convertemos em sexo e corpo...relegando o pobre sentimento ao sufoco e a amargura...quando deixaremos fluir? Quando deixaremos a emoção aflorar? Quando tornaremos a viver?
Eu não mudaria nada em meu passado....e é duro enfrentar os embates do dia-adia...todos sofremos...todos temos decepções, mas...todos crescemos...
Um bom filme, recomendo. nostálgico...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

COMO É VIVER EM PORTO ALEGRE, A CAPITAL DO PLENO EMPREGO

Chamado pelo chefe no meio do serviço, Claiton Silva Vargas desceu contrariado nove lances de escadas do prédio em construção, no centro de Porto Alegre. Desde que assinou a carteira com uma construtora em dezembro, com salário mensal de até R$ 4 mil, o azulejista de 28 anos perdeu as contas do número de vezes que teve de parar o serviço para negar ofertas de trabalho. “Já estava pensando o que falaria desta vez”, disse, aliviado, ao saber que não precisaria inventar desculpas ao encontrar a reportagem do iG.
Como Claiton, o assédio é corriqueiro sobre os trabalhadores da construção civil, um dos setores responsáveis por manter o desemprego da região metropolitana de Porto Alegre entre os menores do País. Segundo a  última pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de julho, a capital gaúcha aparece com um índice de 4,7%, ao lado de Belo Horizonte. O resultado de Porto Alegre é 1,3 ponto percentual inferior à média nacional. O desemprego da metrópole gaúcha e dos 32 municípios dos seus arredores foi o menor nos primeiros seis meses do ano, colocando a cidade próxima da condição do pleno emprego - conceito utilizado por economistas para definir locais onde praticamente grande parte da população economicamente ativa está ocupada. Segundo especialistas, o Brasil teria pleno emprego quando os indicadores de desemprego ficarem na faixa entre 5% e 6%.
Em dezembro, quando Claiton deixou a vida de autônomo e viu sua renda mensal dobrar com o novo emprego, o índice de Porto Alegre havia atingido 3%. Foi a menor taxa de desocupação alcançada entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas desde que a série começou a ser feita na década de 1980. “Estamos próximos de um cenário de pleno emprego, no qual as taxas de desemprego são consideradas friccionais (quando o trabalhador fica fora do mercado de trabalho por um curto período)”, diz o economista Flávio Fligenspan, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O desemprego friccional é considerado uma condição natural, uma vez que sempre existirá um nível de desocupação na economia por conta dos trabalhadores que estão trocando de função ou em busca de novas oportunidades. “É inegável que se trata de uma situação muito privilegiada em termos históricos”, diz Fligenspan.
Uma conjunção de fatores conjunturais e estruturais torna a região metropolitana mais meridional do país um dos símbolos da fatura de emprego – alguns deles com características muito singulares. Além de aproveitar o bom momento da economia brasileira, o Rio Grande do Sul tem polos industriais espalhados pelo Estado e não concentrados ao redor da metrópole. Ao contrário de outros Estados, os movimentos migratórios em busca de emprego no Rio Grande do Sul não miram a capital e arredores, mas outras regiões como a serra gaúcha e o Norte. O município de Caxias do Sul, na Serra, é o campeão em atração de novos migrantes, segundo dados do IBGE. Por isso, segundo economistas, a situação do pleno emprego da cidade é tão particular. Sem os migrantes e os desempregados que rondam zonas industriais das demais capitais brasileiras, Porto Alegre e região apresentam maior equilíbrio entre a oferta de trabalho e a demanda por emprego.
Além disso, a capital vem perdendo moradores desde os anos 1990 e enfrenta acentuado processo de desindustrialização. “Essa questão migratória tem um impacto direto na taxa de desemprego da região metropolitana de Porto Alegre, uma das mais desconcetradas do país. Não é apenas a oferta de vagas que cresceu nos últimos anos, mas o fato de que há menos pessoas em busca de trabalho nesta região, o que reduz o níveis de desocupação”, explica o economista Ademir Koucher, supervisor de informações do IBGE no Rio Grande do Sul.
Dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul, que faz uma apuração própria de emprego e desemprego, também ilustram esse cenário. Segundo Raul Bastos, economista da FEE, em junho, o nível ocupacional de Porto Alegre cresceu 4,5% enquanto a população economicamente ativa expandiu em 2,6% Ou seja, o ritmo de geração de empregos aumenta de forma mais acelerada do que o número de pessoas que ingressa no mercado de trabalho. Construção civil e serviços são os setores que mais contribuem para o cenário favorável, e já se percebe visível aumento de padrão salarial para os trabalhadores.
"Ganho mais e trabalho menos"
Há 12 anos, quando começou a trabalhar com o pai na construção civil, Claiton Vargas tinha que conciliar o serviço de reformas com o trabalho em um supermercado. Depois, trabalhou de dia como azulejista e, de noite, em um estacionamento. “Eu conseguia me sustentar, mas trabalhava muito", afirma. "Hoje, ganho muito melhor e trabalho bem menos.”
No ano passado, após concluir um serviço em um condomínio de Porto Alegre, foi convidado pelo cliente, dono de uma construtora, a trabalhar com carteira assinada. Não hesitou. “Eu tinha uma clientela, mas ter a garantia de um salário todo mês dá estabilidade”, diz. Com um salário de, em média, R$ 4 mil, quase o dobro do que ganhava como autônomo, Vargas comprou um Gol 2007 em prestações de R$ 500, uma moto e está terminando de reformar casa, em Viamão, na região metropolitana da capital gaúcha. “Agora, quando esquentar, vou começar a vir de moto para o trabalho. Senão, uso o caro. Não ando mais de ônibus porque é muito estressante”, afirma. Vargas não pensa em largar o canteiro de obras. “De comida e casa todo mundo precisa. Então, não corro o risco de ficar sem trabalho”, conclui o azulejista, que está mais acostumado a recusar ofertas de emprego do que correr atrás delas. “As pessoas também têm uma ideia errada da construção civil. Hoje, ninguém mais carrega peso. Eu não misturo nem a cola, só corto e coloco o azulejo”, conta.
Setores como a construção civil viram a demanda crescer na mesma velocidade com que os custos da mão de obra, escassa, se tornou mais cara. “O piso da categoria subiu quase 10% e o preço da produção por metro quadrado também. Se não pago bem, perco pessoal e dinheiro, porque a obra para”, diz o engenheiro Giovani Perdomini, sócio da construtora que emprega Claiton. Ademir Koucher, do IBGE, compara essas mudanças às sofridas pela Europa e Estados Unidos, países em que os setores de serviços e construção são conhecidos por remunerações atraentes. “Se o setor enfrenta déficit de pessoal, terá de pagar melhor para compensar”, diz o economista. “A maioria conhece alguém que já morou fora e trabalhou em construções por causa dos bons salários. Situação semelhante está começando a ocorrer no país”, diz Koucher. Os baixos índices de desemprego em Porto Alegre são as feições mais visíveis desse fenômeno no Brasil.

EMPRESAS QUEREM PREVENIR BULLYING NO TRABALHO

As brincadeirinhas e piadinhas de mau gosto de escritório podem estar chegando ao fim. Cada vez mais empresas estão firmando acordos com os sindicatos da categoria para coibir o assédio moral e adotando canais como ouvidorias para receberem reclamações de comportamentos não adequado ao ambiente de trabalho. As medidas fazem parte de um pacote de prevenção contra ações trabalhistas desse tipo de assédio, que as companhias vem sofrendo progressivamente.
Só o TST (Tribunal Superior do Trabalho) julgou 656 processos de assédio moral em 2010, 44% a mais do que no ano anterior. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região, que abrange o Estado de São Paulo, as autuações para investigação de denúncias de assédio moral no trabalho chegaram a 216 no ano passado, número quase igual a 2009, quando foram registradas 220 autuações.
Acordo
Em janeiro deste ano, os principais bancos do país (Bradesco, Itaú, Santander, HSBC, Citi, Votorantim, Safra, BIC Banco e Caixa Econômica Federal) firmaram um acordo com os bancários para combater os casos de assédio moral. Entre as medidas adotadas está a criação de um canal de comunicação interno para denunciar os maus tratos psicológicos sofridos pelos trabalhadores.
O acordo aponta, em seu parágrafo primeiro, que “O objetivo do presente Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo voltado à prevenção de conflitos no ambiente de trabalho é promover a prática de ações e comportamentos adequados dos empregados dos bancos aderentes, que possam prevenir conflitos indesejáveis no ambiente de trabalho.”
A médica do trabalho Margarida Barreto, uma das pioneiras no Brasil a tratar do tema, afirma que um ato isolado de humilhação não é assédio moral. “Este, pressupõe: repetição sistemática, intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego), direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório), temporalidade (durante a jornada, por dias e meses) e a degradação deliberada das condições de trabalho.”
Entre iguais
Apesar de o tipo de assédio moral que mais se ouve falar seja o vertical, ou seja, do chefe em relação aos subordinados, o assédio horizontal, aquele que acontece entre profissionais de mesmo nível hierárquico, também causa danos profundos no assediado, além de ser muito mais comum do que se imagina.
Recentemente, o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais acatou a decisão de uma juíza de primeira instância que determinou que a empresa fosse condenada a pagar uma indenização a um ex-funcionário por não ter coibido o assédio moral horizontal.
Margarida afirma que o assédio moral no local de trabalho frequentemente envolve o abuso ou mau uso do poder. “A prática do bullying inclui comportamentos que intimidam, denigrem, ofendem ou humilham um trabalhador, normalmente na frente de outras pessoas. Essas atitudes criam sentimentos de impotência no alvo e minimiza o direito do indivíduo à dignidade no trabalho.”
Constrangimento frequente
Quando o assédio é feito por profissionais de mesmo nível hierárquico é comum que a raiz da violência esteja na concorrência ou na dificuldade que os grupos têm de conviver com as diferenças. “Por exemplo, a mulher em grupo de homens, homem em grupo de mulheres, homossexualidade, diferença racial, religiosa, entre outras”, acrescenta Margarida.
O psicólogo Dirceu Moreira, escritor e consultor de RH, lembra que o assédio moral só é caracterizado pela permanência da conduta. Caso a brincadeira de mau gosto seja pontual, ela não passará disso, de um mal-entendido passageiro.
Mas, para quem é vítima dessa violência, é fácil saber quando se está sendo assediado. “A pessoa fica constrangida e não consegue confrontar o outro, mesmo que seja um par dele, porque sua autoestima já está abalada. 
Daí, ele só tende a piorar”, explica Moreira. 


fonte: http://economia.ig.com.br/carreiras/empresas+querem+prevenir+bullying+no+trabalho/n1597187623965.html