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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NOVAS AMIGAS!!

JESSICA - HOSANA E ANA PAULA
TRÊS AMIGAS FANTÁSTICAS E MUITO ESPECIAIS,
CADA UMA COM SEU JEITO MARCANTE E INESQUECÍVEL
Jan/2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

RECALL DO BALCOR

ANVISA não renova licença medicamento Balcor e laboratório tem de suspender fabricação, bem como, proceeder o recolhimento em todos os estabelecimentos, através de seus canais de distribuição.

Fonte: Dist. sta Cruz

DIABETES TIPO I - POSSÍVEL CURA

Pesquisadores dos EUA descobrem possível 'cura' para diabetes tipo 1
Uma equipe do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, sugere que a desativação de um hormônio pode ser suficiente para tratar diabetes tipo 1, uma doença autoimune - na qual o sistema de defesa ataca as células e tecidos do próprio corpo -, que faz as concentrações de açúcar no organismo ficarem muito altas. A descoberta será tema de edição de fevereiro da revista especializada "Diabetes".

Liderados por Roger Unger, professor da instituição e principal autor do artigo científico, os pesquisadores testaram a capacidade de camundongos, cobaias comuns em testes pré-clínicos, aproveitarem o açúcar presente no sangue, fruto da alimentação dos animais.

Inflamação no cérebro pode acarretar obesidade e diabetes tipo 2Remédio para doenças reumáticas pode ser eficaz contra diabetes tipo 2O truque foi alterar geneticamente os roedores para que produzissem quantidades menores de uma substância conhecida como glucagon, responsável por impedir que os níveis de glicose (açúcar) fiquem muito baixos.

No caso dos diabéticos, essa ação do glucagon faz os níveis de glicemia aumentarem muito. Esse efeito seria compensado em pessoas saudáveis pela ação da insulina, responsável por permitir que o açúcar penetre nas células do corpo. Dentro delas, a glicose poderia ser imediatamente aproveitada para gerar energia ou armazenada. Mas para os pacientes com diabetes tipo 1, a produção de insulina não existe ou é seriamente comprometida.

Mas os pesquisadores norte-americanos acreditam que os resultados obtidos com os camundongos apontem que, caso os níveis de glucagon consigam ser controlados, a insulina se torna supérflua, já que os níveis de glicemia estariam normais, dispensando as injeções da substância para equilibrar a "balança" do açúcar no sangue.

Batalha de hormônios

A insulina deixa de existir em pacientes com diabetes tipo 1 pois o sistema de defesa do corpo ataca 90% ou mais das células beta, estruturas localizadas em uma região do pâncreas conhecida como Ilhotas de Langerhans. Com a ausência da insulina, os níveis de glicemia no sangue não abaixam e não há ação para impedir a influência do glucagon.

O "padrão ouro" de tratamento da doença é por meio de injeções de insulina, desde a descoberta da doença, em 1922. Os pacientes precisam receber as doses da substância durante boa parte da vida. No universo de todas as formas de diabetes, o tipo 1 responde por 10% dos casos e a maior parte das pessoas com o desenvolve antes dos 30 anos

Fonte:Portal G1

Sex, 28 de Janeiro de 2011 09:02

EMS - BALANÇO DE VENDAS 2011

A EMS, maior indústria farmacêutica brasileira, informou que comercializou mais de 29 mil unidades até o momento de Valsartana, medicamento voltado ao tratamento de pacientes com hipertensão. Em 27 de dezembro passado, a empresa obteve o registro que lhe permite produzir na planta de Hortolândia e vender o remédio por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O laboratório foi o primeiro a chegar às drogarias com o produto. A EMS tem planos de construir uma nova planta, mas o local e o valor do investimento não foram divulgados.

O vice-presidente de marketing da EMS, Waldir Eschberger Jr., informou, por meio de assessoria de imprensa, que foram dois anos e 10 meses de pesquisas e investimentos de aproximadamente R$ 22 milhões para colocar o produto no mercado. “Sair à frente mais uma vez com um lançamento tão importante como este nos proporciona vantagens para buscarmos a liderança na comercialização desse medicamento”, revelou o executivo. O mercado da Valsartana no Brasil é de R$ 125 milhões, segundo a IMS Health, tendo registrado um crescimento de 10,2% em faturamento no ano passado.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da EMS, os pacientes que utilizam a Valsartana estão comprando a versão genérica da EMS por uma média de R$ 35 a caixa com 30 comprimidos na concentração de 160 mg. Acrescentou que a embalagem do produto de referência, com 28 unidades, é vendida por R$ 64,70. A empresa também está trabalhando para colocar no mercado o similar de marca, que se chama Brasart e será vendido pela mesma média de preço do genérico. A EMS é a líder no segmento farmacêutico brasileiro, tanto em unidades comercializadas quanto em faturamento.

Fonte:Nice Bulhões
www.alanac.org.br

RECALL TYLENOL AP

Johnson & Johnson anuncia recall voluntário de medicamentos no Brasil

A Johnson & Johnson anunciou na última sexta (14) que está fazendo o recall voluntário no Brasil do Tylenol Ação Prolongada. O recolhimento envolve três lotes do medicamento que foram produzidos nos EUA e será feito apenas em centros de distribuição.

De acordo com a companhia, o produto não apresenta risco para a saúde. Ela diz ainda que os consumidores não precisam tomar nenhuma atitude relacionada ao recolhimento. Os outros produtos da linha Tylenol não são alvo do recall, já que são fabricados no Brasil. O recall inclui também os mercados dos Estados Unidos e do Caribe, onde estão sendo retirados ainda os medicamentos Sinutab, Benadryl e Sudafed Pe.

Em comunicado, a companhia afirmou que a ação envolve medicamentos fabricados antes de abril do ano passado em uma das suas unidades nos EUA. Essa unidade foi fechada na época pela FDA (agência reguladora do setor de remédios e alimentos dos EUA) e está com as operações suspensas desde então.

A Johnson & Johnson afirma que houve casos em que o procedimento de limpeza dos equipamentos foi insuficiente ou em que a limpeza não foi "documentada adequadamente", por isso decidiu fazer o recall. De acordo com a empresa, é "muito improvável que isso tenha tido impacto na qualidade desses produtos”.

Fonte: Portal Folha.com

ANVISA ALTERA LISTA ANTIBIOTICOS

Anvisa altera lista de antibióticos sob controle e publica Nota Técnica

Foi atualizada a lista de antimicrobianos (categoria que inclui os antibióticos) de uso sob prescrição médica cuja venda deve ocorrer apenas mediante retenção de receita em farmácias e drogarias, conforme determina a RDC 44, de 2010.

A RDC 61, publicada no dia 22 de dezembro de 2010, alterou o anexo da norma anterior, incluindo na relação mais 26 princípios ativos. Outras cinco substâncias foram retiradas da lista, que agora passa a ter 119 substâncias sob controle.

As substâncias excluídas são: 5-fluorocitosina, griseofulvina, nistatina, fenilazodiaminopiridina e sulfadoxina. Além disso, corrigiu-se a grafia da substância talilsulfatiazol para Ftalilsulfatiazol. A resolução já está em vigor.

NOTA TÉCNICA

A Agência também elaborou uma Nota Técnica com o objetivo de esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde e usuários em relação às determinações da RDC 44. A Nota Técnica deixa claro que, ao usar a expressão “receita de controle especial”, a RDC nº 44/2010 refere-se a uma receita simples, prescrita em duas vias e contendo as informações exigidas.

Ainda segundo o documento, as informações relacionadas à identificação do comprador e ao registro da dispensação (entrega do medicamento ao consumidor pelo farmacêutico) devem ser preenchidas no momento da venda. Esse procedimento é de responsabilidade do estabelecimento farmacêutico.

Deve ser prescrito apenas um medicamento por receita. Além disso, a receita só poderá ser aviada (entregue à farmácia) uma vez, não podendo ser reutilizada para outras compras.

CONTROLES

De acordo com a Nota Técnica, as farmácias que não comercializam medicamentos, como as dos postos de saúde públicos e as hospitalares, que não estão inseridas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), devem manter os controles já existentes.

Já as farmácias públicas que comercializam medicamentos devem registrar as vendas de antibióticos em Livro de Registro ou por meio de sistema informatizado aprovado pela vigilância sanitária local. As farmácias e drogarias privadas, conforme exigido pela RDC nº44. desde 28 de novembro de 2010, já realizam a retenção das receitas e a partir de 25 de abril de 2011 começarão a escriturar as vendas no SNGPC.

Fonte: Site da Anvisa

FEMINA NORMALIZADO

Anvisa libera a importação de pílulas anticoncepcionais

Em decreto publicado recentemente no Diário Oficial da União, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revogou a suspensão da importação dos anticoncepcionais Femina, Postinor Uno e Postinor 2, conhecidos como pílulas do dia seguinte.

Em setembro de 2010, a agência constatou que o fabricante dos produtos, a Gedeon Richter, da Hungria, não atendia a algumas normas da vigilância. Na ocasião, o Aché, laboratório encarregado da venda desses anticoncepcionais no Brasil, disse estar tomando medidas para regularizar a situação. Com o atendimento das exigências legais, a importação volta a ser feita normalmente.

Fonte: Folha Online

AGU RESTRINGE ANVISA

AGU restringe poder da Anvisa na concessão de patente de medicamentos

A disputa interna no governo sobre poderes para concessão de patente de medicamento e, por tabela, sobre a política para liberação de genéricos no mercado brasileiro ganhou mais um capítulo este mês, com parecer final da Advocacia-Geral da União (AGU).

O documento, assinado pelo advogado-geral da União, Luís Adams, restringe o poder da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na análise dos pedidos do direito de propriedade intelectual sobre remédios e garante poderes ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

Integrantes de organizações não governamentais temem que a decisão dificulte a entrada de versões genéricas de medicamentos no mercado brasileiro - algo que traria reflexos para consumidores e para o governo, que faz compras públicas para abastecer programas de distribuição gratuita de medicamentos. Por lei, o preço do medicamento genérico não deve ultrapassar 65% do que é cobrado pelo produto de marca.

A queda de braço entre Inpi e Anvisa começou há dez anos, quando por lei foi determinado que a agência passasse a opinar também nos processos para concessão de patente de remédio. O Inpi considerou a mudança como uma espécie de "intervenção" em seu trabalho.

Isso porque a análise da Anvisa, chamada anuência prévia, deveria ser feita depois de todo o processo aprovado no Inpi. Ao longo desses anos, dos 1.596 pedidos aprovados pelo Inpi, 145 foram reprovados pela Anvisa. Em outros 1.161, a anuência prévia foi concedida e, com isso, a patente liberada.

Fonte: Folha de S. Paulo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SEXO E DÚVIDAS!

Fonte: site delas do ig

Orgasmo clitoriano e vaginal

1. Qual a diferença entre orgasmo clitoriano e vaginal? É verdade que o segundo tende a ser mais forte?

A única diferença está em sentir prazer em regiões diferentes do corpo. O orgasmo pode ser intenso nos dois casos, e isso será determinado por um conjunto de estímulos eróticos, desejo sexual, excelente excitação, bom relacionamento e, se existir afeto, melhor ainda. (Fátima Protti, psicóloga e terapeuta sexual)

2. Não sei o que é ter um orgasmo vaginal. Só consigo chegar ao clímax com estimulação do clitóris. Isso é um problema para mim, pois gostaria muito de experimentar o orgasmo vaginal.

Se a mulher encara isso como um problema, então ela deve procurar uma terapeuta sexual. Existe uma técnica específica, chamada “Manobra da Ponte”, que pode ajudar na conquista do orgasmo vaginal. Contudo, após experimentar essa técnica, algumas mulheres acabam percebendo que o orgasmo clitoriano é mais prazeroso. Isso porque o clitóris é uma região com maior número de ramificações nervosas se comparado ao intróito ou ao canal vaginal. (Fátima Protti, psicóloga e terapeuta sexual)

3. É verdade que a maioria das mulheres não tem orgasmo vaginal?

A maioria tem o orgasmo clitoriano, pois é a via mais fácil de excitação. A boa notícia é que o “clitoriano” pode ser tão prazeroso quanto o “vaginal”. (Fátima Protti, psicóloga e terapeuta sexual)

Reações do Corpo

4. Sinto algo estranho depois de fazer amor: parece que meu ouvido tapa. Devo procurar um médico ou essa reação é comum?

Não parece ser nada grave. A atividade sexual desencadeia diversas reações no corpo, principalmente as orgânicas, como a aceleração dos batimentos cardíacos, respiração ofegante e também aumento da circulação sanguínea. Isso tudo pode causar essa sensação transitória no sistema auditivo. (Carlos Guerreiro, neurologista)

5. Eu desmaio após o clímax, mas acordo depois de algum tempo, então fico falando coisas sem sentido. Será que eu tenho algum problema sério?

Esse desmaio pode estar relacionado a diversos fatores, desde um quadro de epilepsia até uma síncope ou distúrbio emocional. O caso é raro e deve ser diagnosticado com precisão por um neurologista; ele pedirá diversos exames importantes, como eletroencefalograma, ressonância magnética e, se necessário, avaliação psicológica. (Carlos Guerreiro, neurologista)

6. Meu namorado costuma ficar excitado enquanto está dormindo. Algumas vezes até fazemos amor e ele não se lembra disso quando acorda (ou acorda quase ejaculando). Isso é normal?

A ereção durante o sono é comum principalmente para homens jovens. Ela pode ocorrer durante a fase REM do sono, que é muito leve. Nesse caso, o corpo não fica totalmente relaxado e a mente pode reproduzir algumas reações físicas, como a ereção. Teoricamente, nessa fase do sono, a pessoa pode ser facilmente acordada, por isso é estranho que ele mantenha relações e continue dormindo. Acredito que seja muito melhor para o casal fazer sexo quando os dois estiverem acordados, assim as reações serão muito melhores. (Carlos Guerreiro, neurologista)

7. Minha amiga jura que ejacula, mas acho isso tão estranho. Uma mulher pode ejacular igual ao homem? Já vi muitos vídeos na internet sobre isso e achei falso.

Não existe confirmação científica a respeito da ejaculação feminina. Contudo, em alguns casos, pode ocorrer a liberação do líquido produzido pelas glândulas parauretrais, que é excretado por causa da pressão do pênis ou pelo toque. No caso dos vídeos da internet: é muito provável que a mulher esteja liberando urina. Diante de um orgasmo forte, a musculatura que sustenta a bexiga pode ficar muito relaxada. (Eliano Arnaldo José Pellini, ginecologista)


Fantasias sexuais

8. Eu só consigo me excitar imaginando situações eróticas. Mesmo achando o meu namorado atraente, não me concentro propriamente nele. Penso em filmes, fotos, contos... Posso ter algum tipo de desvio?

Não. Isso não caracteriza nenhum tipo de desvio. Quase todas as pessoas têm fantasias sexuais. Existem as que não sentem muito prazer, e até mesmo são incapazes de atingir o orgasmo sem recorrer a elas. Com as fantasias, a vida sexual ganha uma diversidade que seria impossível no dia a dia. Por mais que exista grande atração entre um casal, a excitação não se dá sempre da mesma forma, tem altos e baixos. Lançar mão desse recurso funciona, muitas vezes, como estimulante para se recuperar a intensidade do desejo. E a variedade é grande: cenas, lugares, pessoas, podendo ser, em alguns casos, sobre um parceiro mais desejável do que aquele com quem se está fazendo sexo. (Regina Navarro Lins, psicanalista e colunista do Delas)

9. Já trai o meu marido e tive um orgasmo incrível, mas em sonho... Achei muito estranho! É mesmo possível ter um orgasmo dormindo?

É possível sim e pode ocorrer durante a fase REM do sono, que é mais leve. Dependendo de como foi o dia (estímulos, sensações, sentimentos) da mulher, ela pode ter um orgasmo dormindo. (Amaury Mendes de Araújo Junior, sexólogo)

Desempenho Sexual

10. Minha relação sexual dura de 20 minutos a 30 minutos. É um bom tempo?

A sociedade sempre quer dados estatísticos para mensurar o que é relativo e pessoal, e isso é o menos importante. É preciso entender que o organismo masculino é muito diferente do feminino. Em média, um homem demora de 3 minutos a 4 minutos para ficar excitado e ejacular, enquanto a mulher precisa de pelo menos 20 minutos para ficar lubrificada. Além disso, a excitação da mulher não é apenas física, ela é composta por etapas e tem todo um respaldo emocional que resultará nas reações físicas do orgasmo. Se o sexo está bom com o seu parceiro, então isso é o que importa. (Amaury Mendes de Araújo Junior, sexólogo)

11. Qual é a posição que eles mais gostam?

O homem prefere todas as posições que dão a ideia de domínio sobre a parceira, e a preferida é com ela “de quatro”. Apesar de não ser a posição ideal para a mulher, pois não favorece o orgasmo, o imaginário feminino pode ser aguçado pela imaginação de total entrega e confiança no parceiro. (Amaury Mendes de Araújo Junior, sexólogo)

12. Estou pensando em ter relações sexuais com meu namorado em uma piscina ou no mar (essa é uma vontade dele). Posso pegar algum tipo de infecção na água? E na banheira?

A água não é um bom condutor para o sexo, pois pode diminuir a lubrificação e provocar um pouco de atrito na hora da penetração, mas vale pela brincadeira. É bom lembrar que o mar, a piscina ou a banheira alteram o pH vaginal, o que desequilibra a flora e pode deixar o ambiente propício para o aumento de germes pré-existentes na vagina. Isso pode gerar infecções como candidíase, tricomoníase e vaginoses. (Amaury Mendes de Araújo Junior, sexólogo)

Sexo oral

13. Receber sexo oral com frequência pode provocar infecção de urina?

Sim. O pH da vagina é totalmente ácido, enquanto o pH da saliva é alcalino; isso pode deixar a região propícia para a proliferação de germes e bactérias. É recomendável que a mulher faça higienização da região com água e sabonete íntimo logo após relação. Esse produto tem o pH adequado e irá devolver a acidez para a vagina. (Eliano Arnaldo José Pellini, ginecologista)

Relacionamentos

14. Acabo de terminar um relacionamento e foi muito sofrido. Sinto que preciso ficar sozinha, mas minhas amigas dizem que eu preciso de uma nova aventura para preencher a cabeça. Fico indecisa...

É natural que você precise de um tempo para recompor uma nova visão e perspectiva de vida. E a necessidade de ficar sozinha nem sempre é depressão, pode ser tristeza por conta da perda. Um terapeuta poderá orientá-la a entrar em contato com esse momento de elaboração de tudo o que aconteceu e está ainda presente dentro de você. Quanto às amigas, se elas estão insistindo tanto, vale à pena pensar se a sua atitude não está sendo radical. (Luiz Cuschnir, psiquiatra)

15. Meu marido é uma ótima pessoa, mas extremamente folgado. Suja e não lava, bagunça e não arruma. Sei que isso é reflexo dos paparicos da mãe dele, mas não concordo. Como convencê-lo a cooperar? Já conversei com ele umas 300 vezes!

Que saco, não? Pelo jeito ele não está mais em fase de aprendizado, nem de alfabetização. Se você o vê como ótima pessoa e consegue não misturá-lo com a imagem da mãe dele, nem estragar a relação que tem com ela, aproveite o que há de bom aí. Se houve tanto tempo gasto com essa questão, e isso foi desgastante para você, repense se vale a pena "estar certa". Pense também se você não está sendo igual a sua mãe, que não deixa nada bagunçado. (Luiz Cuschnir, psiquiatra)

16. Com quantos anos de casamento é prudente pensar em filhos?

Vários fatores podem determinar um bom momento para os filhos: tempo de casados, idade de cada um, se é o primeiro casamento, o momento profissional, condições financeiras, etc. Há muitas formas de decidir também: deixar para a sorte, preparar a data da gravidez, verificar a estabilidade da relação, entre outras. Na verdade, os “filhos” deveriam ser pensados desde o início do casamento. Escolher alguém que possa ser o pai ou a mãe de um filho é um bom critério para eleger o cônjuge. (Luiz Cuschnir, psiquiatra)

17. Meu “namorido” definitivamente não sabe lidar com dinheiro. Torra tudo que ganha. Agora ele quer se casar comigo, mas estou com medo de não prosperar ao lado dele. Devo falar isso? Sei que vou magoá-lo.

Ele é como é. Não espere mais do que isso. O que vier é lucro, e mudar alguém só porque vai morar junto é um desgaste que pode custar caro. Se você é boa nisso, sabe como fazer para prosperar e cuidar do dinheiro e patrimônio, então proponha uma maneira de administrar o que será do casal. Contudo, dizer que ele “não sabe lidar com o dinheiro que é dele” pode mesmo ser intrusivo da sua parte. (Luiz Cuschnir, psiquiatra)

Brinquedo e vibradores

18. Vibrador alarga a vagina?

A parede vaginal da mulher é elástica e os vibradores não conseguem alargá-la. Aliás, esses produtos são até usados em tratamentos contra a flacidez da parede vaginal. (Eliano Arnaldo José Pellini, ginecologista)

19. Vibrador pode dar choque?

Não. Normalmente os vibradores utilizam pilhas que dificilmente podem dar choques, além disso, eles são revestidos por borrachas ou skin gel (que imitam a textura da pele humana). Os únicos relatos de acidentes ocorridos são de erro na hora de recarregar o vibrador: o aparelho deve ser desligado e retirado da tomada antes do uso. (Amaury Mendes de Araújo Junior, sexólogo)

20. Existe algum tipo de gel que estimula a excitação?

Mulheres que querem novas experiências podem usar produtos em gel que dão a sensação de quente e frio; eles costumam ser prazerosos tanto para a mulher, quanto para os homens. Prefira produtos à base de água e com pouco óleo. (Eliano Arnaldo José Pellini, ginecologista)

O corpo deles

21. Minha amiga disse que só homens com pênis grossos conseguem proporcionar o orgasmo vaginal a uma mulher. Não sou expert no assunto, por isso pergunto: isso faz sentido?

Não necessariamente. Ocorre o seguinte: o clitóris tem de 9 centímetros a 11 centímetros de comprimento, e sua parte interna fica na parede anterior da vagina. Um pênis de maior diâmetro tende a massagear mais essa região e ajudar no orgasmo. (Jaqueline Brendler, ginecologista e sexóloga)

22. Sei que existe operação plástica para aumentar o tamanho do pênis, mas o problema do meu marido é outro, o órgão dele é muito fino. A cirurgia também corrige isso?

A realização desse tipo de cirurgia existe, mas é indicada apenas para pessoas que sofreram algum tipo de trauma e perderam parte ou o membro inteiro. Trata-se de um procedimento complexo e leva em conta fatores como idade, estatura, peso, entre outros. Estatisticamente uma parcela muito pequena da população pode fazer esse tipo de cirurgia sem riscos. (Cláudio Teloken, urologista)

23. Meu namorado gosta que eu acaricie o ânus dele. Acho isso um absurdo e nunca faço. Ele pode ter tendências homossexuais?

De acordo com regras sociais, as pessoas costumam associar o estímulo erótico anal em homens como uma prática exclusiva de homossexuais, porém, receber esses estímulos e sentir prazer não caracteriza um homossexual. Estudos afirmam que o ânus masculino (juntamente com a próstata) é uma região altamente erógena. No seu caso, seria interessante se perguntar: esse incômodo é essencialmente por conta dessa dúvida ou por que você não se sente à vontade para estimulá-lo dessa forma? Tente resolver isso com uma conversa tranquila e direta sobre o assunto. (Diego Henrique Viviani, psicólogo)

24. Em média, qual é o tamanho do pênis do brasileiro?

Estudos mostram que o tamanho do pênis do brasileiro varia entre 10,5 centímetros e 17 centímetros em estado ereto. Mas essa discussão torna-se ampla uma vez que a maior parte dos homens relaciona o tamanho do pênis à virilidade. Qual tamanho é necessário para dar prazer a uma mulher? Exceto em alguns casos, as mulheres não se preocupam com tamanho do pênis, uma vez que a vagina se adapta a ele. A maior parte dos homens que procura cirurgias tem o tamanho dentro da média; nesses casos, o tratamento mais adequado seria psicoterápico e não cirúrgico. (Diego Henrique Viviani, psicólogo)

25. Em quais partes do corpo eles mais gostam de carícias?

A sensação de prazer é subjetiva e pessoal e a maior ferramenta do ser humano é o corpo todo. É possível encontrar pessoas que dirão que a região do seu corpo mais erógena é o pescoço, as nádegas ou os pés. Mas também encontraremos pessoas que dirão que sentir dor é altamente prazeroso. Portanto, é quase impossível determinar uma região que seja igualmente prazerosa tanto para população masculina, quanto para feminina. A melhor maneira de descobrir isso seria experimentar, perguntar e trocar informações sobre o que é mais estimulante para cada um. (Diego Henrique Viviani, psicólogo)

26. Os homens têm mais facilidade em sentir prazer recebendo sexo anal do que as mulheres? (no caso de relacionamento homossexual)

Na mulher, tanto a região clitoriana quanto vaginal promovem uma maior excitação e prazer orgástico do que a estimulação anal somente. Já no homem a estimulação da próstata e região anal provoca grande excitação e prazer. Contudo, nos dois casos, outros elementos são fundamentais, como: imaginação, fantasia e interação com o parceiro. (Fátima Protti, psicóloga e terapeuta sexual)

27. Meu marido tem ejaculação precoce. Ele toma medicamente, o que ajuda muito, mas gostaríamos de uma solução definitiva. Existe algum tipo de cirurgia, por exemplo, para corrigir o problema?

O tratamento adequado para ejaculação precoce é feito com medicação e alguma das diversas psicoterapias existentes. A cirurgia terapêutica é absolutamente contra-indicada, pois não existe comprovação médica de sua eficácia. No Brasil, as cirurgias feitas para tal problema têm apenas caráter experimental e somente centros autorizados de pesquisa podem praticá-las. O melhor a fazer é continuar com a medicação e procurar um urologista ou psicoterapeuta para acompanhar o caso. Busque uma terapia que mostre bons resultados para o seu marido, quem sabe mais tarde ele consiga dispensar o uso de remédios. (Celso Gromatzky, urologista)

28. Meu namorado chega ao orgasmo muito rápido e isso me irrita. Será que ele tem ejaculação precoce ou isso é apenas falta de consideração?

Algumas mulheres acreditam que a ejaculação precoce é uma demonstração de falta de consideração ou egoísmo por parte do parceiro, mas isso é um grande engano. A ejaculação precoce é um distúrbio sexual muito frequente e atinge cerca de 30% dos homens com vida sexual ativa. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos e também por diversas técnicas de psicoterapia. Recentemente foi lançado na Europa um novo medicamento especialmente destinado para o tratamento da ejaculação precoce, a dapoxetina, que estará disponível no Brasil ainda em 2010. Contudo, o primeiro passo no tratamento da ejaculação precoce é agendar uma consulta com o urologista. (Celso Gromatzky, urologista)

29. Homens com ejaculação retardada sentem menos desejo?

Os homens que apresentam retardo ejaculatório, na maioria das vezes, têm a libido normal. É mais provável que esse distúrbio esteja relacionado ao efeito colateral de alguns medicamentos. A idade também é um fator importante, é normal que o orgasmo demore mais com o avanço dos anos. Desejo sexual diminuído e fatores orgânicos estão entre as possíveis causas, mas isso não significa menos amor ou falta de interesse pela parceira. (Celso Gromatzky, urologista)

Sexo anal

30. Quem pratica sexo anal com freqüência deve fazer exames periódicos nessa região?

Pessoas que praticam sexo anal têm mais chances de contaminação por HPV. Nunca dispense a camisinha e faça exames preventivos periodicamente. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

31. Sexo anal prejudica a mulher?

O sexo anal não prejudica se for feito com o consentimento da mulher e de forma delicada. Só é ruim se a mulher não tiver a real vontade e fizer só para agradar ao parceiro, nesses casos pode doer. Importante dizer que a região tem muitas fissuras e isso aumenta as chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Para a prática do sexo anal é indicado uso de lubrificante e camisinha. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

32. Simplesmente não consigo fazer sexo anal e fico intrigada como outras mulheres conseguem - algumas até gostam! Posso ter um problema anatômico?

Não parece ser uma questão anatômica, porque senão você teria dificuldade para evacuar também. A musculatura anal deve estar relaxada e totalmente preparada para o sexo anal. Se a mulher deseja mesmo fazer sexo anal, então é indicada uma adaptação progressiva, que pode ser iniciada com a penetração do dedo. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

33. É possível ter orgasmo apenas com penetração anal?

Sim, é possível, embora raro. Eu conheço três mulheres que tiveram orgasmo só com penetração anal e estudo isso há 22 anos. A maneira mais fácil de atingir o orgasmo durante o coito anal é estimulando também o clitóris, somando as sensações. O mesmo acontece com a penetração vaginal. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

34. Sexo anal muda a atividade intestinal?

Esse ato sexual não interfere no hábito intestinal nem nos movimentos peristálticos- que ocorrem dentro do intestino. (Otto Henrique Tôrres Chaves, urologista)

35. É mais fácil pegar AIDS por sexo anal?

Sim, pois a prática gera microtraumatismos na mucosa retal (revestimento interno) que servem como porta de entrada para o vírus. Use camisinha sempre. (Otto Henrique Tôrres Chaves, urologista)

36. O sexo anal pode desencadear câncer no reto ou de intestino?

Boato dos grandes. Nenhum estudo mostrou a existência dessa possibilidade. (Otto Henrique Tôrres Chaves, urologista)

Dores e incômodos

37. Eu sinto um pouco de dor de acordo com a posição na hora do sexo. Isso pode acontecer em função da posição do meu útero?

Durante a excitação, a vagina aumenta de diâmetro e afunda. O útero, independente da posição naquela mulher, se eleva para a linha média do corpo. Se a excitação não for mantida durante o ato sexual, esse processo se reverte em segundos e a vagina volta à posição de repouso, com até oito centímetros de comprimento. Nesses casos, o pênis pode bater no útero ou até esfolar as paredes laterais da vagina. (Jaqueline Brendler, ginecologista)

38. Faz muito tempo que eu não mantenho relações sexuais. Existe alguma possibilidade do hímen ter crescido novamente e, na próxima relação, eu sentir dor?

Não, o hímen não se refaz e a distensão da entrada do canal vaginal não muda com a diminuição da atividade sexual. A menos que estejamos falando de um quadro pós-menopausa, no qual há uma atrofia em função da falta de estrogênio, mas isso pode ser corrigido com reposição hormonal via oral e local. (Alberto D' Auria, ginecologista)

39. Não faço sexo há três anos e tenho medo de estar mais sensível, ou melhor, mais “apertada”. Isso acontece mesmo?

Não, isso não acontece. O que pode ocorrer, se você estiver ansiosa e tensa, é uma lubrificação vaginal insuficiente, e isso pode gerar algum incômodo. (Dalton Ferreira da Silva, ginecologista)

40. Sinto muita ardência ao fazer sexo com camisinha. Existe algum preservativo para alérgicos?

Alergias podem ocorrer, mas a ardência não indica necessariamente isso. Pode se tratar de pouca lubrificação, muitas vezes até involuntária, que condiciona o atrito da pele com a camisinha e, por consequência, gera desconforto e possivelmente até de candidíase. Existem camisinhas menos espessas, com mais lubrificação e antialérgicas. Mas antes de optar por uma, vale investigar o problema com um ginecologista. (Alberto D' Auria, ginecologista)

41. Uma coisa me incomoda demais: eu tenho lubrificação excessiva. Nunca fui ao médico porque sinto muita vergonha de falar sobre isso. Sempre que eu sinto tesão - e isso pode ser num local nada adequado - fico extremamente molhada. Esse é um tipo de doença?

Não, isso só mostra que você tem uma boa excitação e lubrificação. Algumas mulheres têm uma lubrificação maior que outras, mas isso não é um problema, pelo contrario: é um bom sinal. (Dalton Ferreira da Silva, ginecologista)

42. Sinto desejo, tenho orgasmos, mas minha lubrificação é zero. Algum remédio corrige esse problema?

Antes de receitar algum remédio é preciso verificar a fonte do problema. É possível que exista algum defeito na glândula responsável pela lubrificação, problemas na tireóide ou ainda algum medicamento pode estar bloqueando a lubrificação - inclusive algum anticoncepcional. (Alberto D' Auria, ginecologista)

43. Minha vagina coça muito após a relação com o meu marido. Posso ter alergia ao esperma?

Habitualmente não. Na maioria das vezes isso é resultado de candidíase vaginal, doença provocada por fungos. O casal deve ser avaliado e tratado. (Alberto D' Auria, ginecologista)

44. Tenho um pouco de sangramento após a relação sexual, mas nenhuma dor. Isso pode ter ligação com o meu anticoncepcional?

Sangramentos sempre devem ser investigados. Antes de prosseguir com a atividade sexual é preciso definir o local do sangramento (vagina, colo do útero ou útero) com a ajuda de um ginecologista (Alberto D' Auria, ginecologista)

45. É possível que uma vagina não se adapte a um pênis?

De modo geral, se a paciente estiver bem estimulada e tiver boa lubrificação vaginal, isso só acontece em casos extremos, com um pênis de um tamanho muito acima do normal, o que é raro. A vagina se alonga durante a relação e os grandes lábios incham para se adaptar ao pênis. Porém, se a mulher estiver na menopausa há muito tempo ela pode ter alguma dificuldade em função da diminuição de lubrificação e rugosidade, o que pode ser resolvido com tratamento adequado. (Dalton Ferreira da Silva, ginecologista)

46. Sinto ar na minha vagina após a transa. É normal?

É normal. Isso pode ocorrer em algumas mulheres em função de uma lubrificação maior do que ela tenha normalmente ou por conta de uma posição sexual diferente, que facilita a entrada de ar no canal vaginal. (Dalton Ferreira da Silva, ginecologista)

Falta de desejo ou orgasmo

47. Eu sinto vontade de fazer sexo e tenho boa lubrificação, mas além de não sentir prazer, ainda sinto dores. Isso atrapalha muito as minhas relações, mas sinceramente não sei o que fazer...

O apetite e a lubrificação mostram que o corpo está reagindo ao encontro com o parceiro. O que pode estar acontecendo é uma inibição ou bloqueio em nível subconsciente que impede o relaxamento do assoalho pélvico. Isso deverá ser detectado com a ajuda de um ginecologista e um terapeuta. Essa inibição pode ter muitos motivos: fobia em relação a gravidez, formas culturais de criação onde atividade sexual é algo pecaminoso ou parceiro errado, por exemplo. Também não está afastada a possibilidade de uma má formação congênita do canal vaginal, que é facilmente diagnosticada pelo ginecologista. (Alberto D' Auria, ginecologista)

48. Tenho 30 anos e nunca tive um orgasmo. Adoro o meu namorado e até tenho excitação e lubrificação, mas orgasmo que é bom (deve ser) nada! O que eu posso fazer para conseguir sentir essa coisa que dizem ser tão boa?

A orientação é o autoconhecimento. Às vezes, a mulher espera que o orgasmo chegue durante a relação com o parceiro, mas ela precisa conhecer essa sensação antes, sozinha, com a masturbação. Dessa forma, a mulher aprende o jeito, o toque e a fantasia que a leva ao orgasmo. Vale comprar vibrador e contar com apetrechos que podem ajudar a ter novas sensações. Se mesmo assim não conseguir sentir prazer, é indicado que procure um medico. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

49. Tenho 27 anos e nenhuma vontade de transar. Quais são as causas possíveis dessa falta de desejo?

Com essa idade as questões hormonais estão menos envolvidas no quadro, embora o uso crônico de pílula anticoncepcional ou medicamentos possa diminuir um pouco o desejo. Esse quadro costuma estar mais relacionado com as causas emocionais, com o histórico sexual da pessoa, se ela teve alguma experiência traumática, se o relacionamento está desestimulante. Depressão e problemas na tiróide também podem ter relação com a dificuldade. (Carolina Ambrogini, ginecologista)

50. Já gostei de sexo, hoje nem ligo. Mas sei que isso está atrapalhando a minha vida – não por mim, mas pelo meu marido. Queria tomar algum remédio para sentir vontade. Ouvi dizer que estão desenvolvendo um tipo de Viagra para mulheres. Ele pode ajudar nesse caso?

O “Viagra para mulheres” ainda está em fase de estudos. No seu caso, é importante avaliar o motivo do desinteresse sexual. É preciso saber se a relação está desgastada, se piorou com o tempo ou se o problema é recente. É necessário realizar avaliações hormonais e discutir com o médico um tratamento adequado. (Dalton Ferreira da Silva, ginecologista)

Agradecimentos:

- Alberto D' Auria é ginecologista, obstetra e supervisor de saúde ocupacional do Hospital e Maternidade São Luiz
- Amaury Mendes de Araújo Junior é sexólogo, terapeuta sexual e de casais e coordenador da clínica social Delphos; site
- Diego Henrique Viviani é psicólogo e pesquisador do Instituto Paulista de Sexualidade
- Eliano Arnaldo José Pellini é ginecologista e chefe do setor de Sexualidade Humana da Faculdade de Medicina do ABC.
- Fátima Protti é psicóloga e terapeuta sexual; site
- Carlos Guerreiro é neurologista e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
- Carolina Ambrogini é ginecologista, especialista em sexualidade e coordenadora do Projeto Afrodite da Unifesp
- Celso Gromatzky é urologista e chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia
- Dalton Ferreira da Silva é ginecologista e é professor da universidade de Cuiabá
- Jaqueline Brendler é ginecologista e terapeuta sexual
- Luiz Cuschnir é psiquiatra e psicoterapeuta especializado em relaçoes de casais; site
- Otto Henrique Tôrres Chaves é chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
- Regina Navarro Lins é psicanalista, especialista em comportamento sexual e colunista do Delas

sábado, 15 de janeiro de 2011

COMO O CLIENTE ESCOLHE A "SUA" FARMÁCIA?

São seis os fatores:

1 - Preço
2 - Acesso
3 - Produtos
4 - Facilidades e benefícios
5 - Atendimento
6 - Aparência

...são itens decisivos na escolha de determinada farmácia por parte do consumidor

Atrair clientes, fidelizá-los e ter boas margens de lucro são as metas mais cobiçadas por todo e qualquer varejista do mercado, independentemente da ramificação do negócio. Para que elas sejam alcançadas, algumas ações são essenciais e frutos de um trabalho árduo e constante, como por exemplo saber identificar que fatores influenciam o consumidor na escolha de determinado ponto de venda para realizar suas compras. O Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec) realizou a pesquisa Fatores que influenciam o con¬sumidor a escolher determinada farmácia, encomendada pela Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar). Segundo analisa o diretor do Cpdec e coordenador do grupo de estudos de Planejamento Estratégico (GEPE), Rodnei Domingues, a opção por determinada farmácia é resultado de um pensamento sistêmico, pois o cliente pensa em todos os requisitos que farão com que ele escolha determinado estabelecimento e não apenas um ou alguns. Por hierarquia de importância, os fatores de inclusão apresentados são: preço, localização, atendimento e facilidade de estacionar. Em segundo plano: facilidade de pagamento, aceitar o cartão de desconto do laboratório e entregar o produto em domicílio. "O consumidor é atraído por diversos fatores, como: localização (proximidade e facilidade de acesso, estacionamento), bom atendimento, fachada e layout interno com boa aparência, facilidade de pagamento, possibilidade de desconto através do cartão do laboratório, receber o produto em casa e, acima de tudo, pela percepção de que está pagando um preço justo ou abaixo daquele cobrado por outras farmácias da região", diz Domingues. Os critérios de exclusão são: preço alto, demora no atendimento, falta de pagamento e falta de produto, ou seja, preço é um critério de inclusão, mas também de exclusão. "O que afasta o consumidor, na maioria das vezes, é a falta de produto e a demora no atendimento." De acordo com os dados apurados na pesquisa, Domingues diz que a maioria das farmácias não está preparada e profissionalizada para atender a essa demanda da população. FIDELIZAÇÃO No que diz respeito à fidelidade, os resultados mostram que 86% das pessoas entrevistadas compram quase sempre na mesma farmácia (quando não compram é por uma questão emergencial), 8% compram sempre na mesma farmácia e 6% compram sempre em farmácias diferentes. Domingues explica que o consumidor escolhe determinada farmácia para fazer suas compras após uma avaliação prévia. "Depois de escolhida a farmácia de sua preferência, o consumidor passa a ir a esse estabelecimento com muita frequência, de tal modo que a ida ao ponto de venda começa a fazer parte da sua rotina, por essa razão ele prefere não mudar." Isso implica vender produtos para consumidores que preferem comprar quase sempre ou sempre no mesmo local. "É muito bom para quem sabe atrair o cliente e muito ruim para quem os espanta", comenta o diretor do Cpdec. O especialista fala ainda que, levando-se em consideração que a maioria dos varejistas não sabe atrair ou está espantando seus clientes, há a dedução de que a tendência do mercado de medicamentos é ter as vendas cada vez mais concentradas, o que significa poucas lojas vendendo a maior parte dos produtos. Depois de ter uma farmácia que passa a ser a preferida pelo consumidor, ele tende a acreditar que não existe outra melhor nas proximidades, fato que faz com que se decida por ir sempre à mesma farmácia. "Note que o cliente não é fiel à farmácia, mas sim aos seus interesses", revela. A pesquisa demonstrou também que o consumidor escolhe a farmácia que atenda a todos os requisitos priorizados por ele. Se a farmácia não atender apenas a um dos requisitos, mesmo que isso não aconteça com os demais, poderá não atrair, ou seja, não existe relação e interdependência entre os fatores considerados na escolha, segundo informa Domingues. "Por exemplo, um consumidor deixará de frequentar uma farmácia apenas porque não tem onde estacionar", afirma. E quem pensa que aparência é um item que passa despercebido pelos consumidores engana-se. Rodnei Domingues conta que eles não dizem que escolhem a farmácia pela aparência, mas o resultado da pesquisa demonstra que esse é um requisito que o consumidor avalia no momento da escolha. Os consumidores tendem a utilizar o critério de comparação, isto é, eles comparam as farmácias e acabam escolhendo aquelas que têm melhor aparência. "Por isso, quando perguntamos aos consumidores se a farmácia onde efetuavam a compra tinha uma aparência melhor ou pior que as outras da região, 88% responderam que a aparência da farmácia escolhida era sempre melhor que a das demais." Para obter a preferência do consumidor, Domingues conclui que é necessário atender a um conjunto de seis fatores: preço, acesso, produto, facilidades/benefícios, atendimento e aparência. O FATOR PREÇO O professor Domingues diz que, embora os consumidores declarem que compram em determinada farmácia porque o preço é bom, os resultados da pesquisa demonstram que os consumidores não adotam critérios consistentes para fazer essa avaliação. A maioria tem a percepção de que os preços cobrados pela farmácia de sua preferência são competitivos em decorrência de algumas comparações esporádicas: 82% fazem pesquisas comparativas de preços raramente, 11% sempre fazem e 7% fazem eventualmente. "A pesquisa apontou que quem mais compara preços são os idosos, eles sim possuem uma visão bem clara de qual farmácia pratica os melhores preços. Os consumidores em geral comparam os preços apenas dos medicamentos de uso contínuo e a maioria só sabe o preço de no máximo dois medicamentos." Domingues complementa: "Entre os consumidores, 72% memorizam com precisão os preços de no máximo dois medicamentos e 93% desses medicamentos são de uso contínuo. Dos consumidores que dizem saber o preço de determinado medicamento, 43% mencionam o valor incorreto". Os consumidores que em algum momento comparam o preço de um ou dois medicamentos, entre algumas farmácias, selecionam aquela que oferece o menor preço para se tornarem fiéis. Para se trabalhar preço no ponto de venda, o melhor é adotar uma estratégia adequada ao que os consumidores valorizam. Rodnei Domingues ressalta que adotar uma estratégia de preços é diferente de precificar. "A maioria das farmácias precifica seus produtos com base em índices pré-estabelecidos, desconsiderando a percepção dos consumidores, que pode ser influenciada." Ações de marketing, cartões de fidelidade e campanhas que enfatizam a melhor relação custo X benefício são ferramentas utilizadas e divulgadas pelos varejistas no ponto de venda e as que provocam maior influência nos clientes em relação ao preço. "Quando as ações de marketing fazem parte ou dão suporte a uma estratégia que consiste de preços, certamente essas ações irão contribuir para fazer com que o consumidor perceba os preços praticados por esse estabelecimento como atraentes." Uma solução é encontrar caminhos que levem os lojistas a ganhar mais em alguns produtos e menos em outros, com um critério de gestão estratégica de preços. "Entender que o consumidor é mais sensível às variações de preços de determinados medicamentos e menos sensível a outros, bem como adotar preços compatíveis com a sensibilidade dos consumidores", diz. Outro detalhe apontado pelo diretor é não fixar o olhar na margem de cada produto, mas sim no resultado total. CARTÕES DE DESCONTO Muitos consumidores declararam que se sentem prejudicados pelos laboratórios dos quais receberam cartão de desconto. A principal queixa é a espera para poder efetuar de fato a compra. Domingues conta que eles alegam que o sistema é demorado, reconhecem que estão sendo favorecidos pelo desconto, mas prejudicados pelos entraves que o cartão gera no atendimento. "Eles não gostam de usar o cartão, porque tem de ser apresentado. Se o laboratório fizesse o mesmo preço sem que o consumidor tivesse de carregar o cartão seria melhor; a simples apresentação do CPF resolveria o problema, por exemplo." É importante deixar claro que o cartão dos laboratórios é uma parceria, senão o consumidor pode achar que com o cartão da farmácia (fidelidade) o ponto de venda também pode conceder o desconto de 50% em qualquer produto.

Fonte: Guia da farmácia
http://www.guiadafarmacia.com.br/gestao-merchandising/218/seis-fatores-206533-1.asp
Por Lígia Favoretto

SANOFI E MINANCORA JUNTOS?

Sanofi-Aventis negocia um acordo com a Minancora

A farmacêutica francesa Sanofi-Aventis negocia acordo de distribuição dos produtos da companhia Minancora no Brasil, apurou o Valor. Com quase 100 anos e de capital nacional, a Minancora é uma das marcas mais tradicionais do país.

As negociações entre as duas empresas estão em curso e deverão ser concluídas em fevereiro. Procuradas, a Minancora e a Sanofi confirmaram as negociações, mas não detalharam como será a operação. As companhias negam, contudo, que esse acordo possa incluir aquisição futura do grupo brasileiro pela multinacional.

Com sede em Blumenau (SC), a Minancora foi fundada há quase um século pelo farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves, que chegou ao Brasil no início do século 20. Gonçalves começou a fazer pesquisas com plantas brasileiras em Manaus. Ao se mudar para o norte de Santa Catarina, o imigrante português começou a produzir medicamentos artesanais em parceria com sua mulher, entre eles a pomada antisséptica Minancora, que foi registrada em 1915 no Departamento Nacional de Saúde Pública.

Com uma linha de cerca de 10 produtos, a parceria com a gigante Sanofi-Aventis permitirá que os produtos da Minancora tenham uma maior penetração em todo o território nacional. Partes desses produtos já é exportado para Uruguai e Paraguai.

A Sanofi tem uma forte presença no mercado de genéricos e a avançou ainda mais no Brasil após concluir em 2009 a compra do laboratório nacional Medley, por cerca de € 500 milhões. Com receita bruta aproximada de R$ 4 bilhões no Brasil, cerca de 95% dos medicamentos que a companhia comercializa no mundo já perderam a patente. O faturamento global do grupo atingiu € 29,3 bilhões em 2009.

Fonte: Valor Econômico

Sex, 14 de Janeiro de 2011 10:58
Jornalista: Mônica Scaramuzzo

BIOLAB INVESTIRÁ EM NOVOS MEDICAMENTOS EM 2011

Em um ano marcado por movimento de consolidação, no qual farmacêuticas estrangeiras e nacionais disputaram palmo a palmo laboratórios interessados em se desfazer de seu controle, a brasileira Biolab escapou ilesa e garante que não pretende mudar de mãos. Pelo menos é o que afirma Cleiton de Castro Marques, presidente da companhia. Sem vocação para genéricos - segmento de medicamentos que virou o "queridinho" entre as multinacionais e grandes grupos nacionais -, a farmacêutica brasileira está apostando em pesquisas próprias para expandir seu portfolio no país.

Aos 53 anos, Cleiton de Castro Marques, formado em economia, ainda não tem planos para se aposentar, mas diz que a família, controladora da companhia, já prepara seus sucessores. "Temos um programa de sucessão para o longo prazo", afirma o empresário. A meta para 2011 é crescer organicamente, seja por meio de parcerias para o desenvolvimento de novos medicamentos ou com pesquisas próprias para consolidar os produtos da Biolab no mercado.

Segundo Marques, a farmacêutica quer expandir seus negócios por meio de lançamentos de produtos. Em 2011, serão 12 - dois sob licença e 10 deles frutos de desenvolvimento próprio. A primeira molécula da companhia - um antimicótico com atuação antibacteriana - deverá ser apresentada em 2012. "Temos 32 moléculas em pesquisa", diz.

Com faturamento estimado em R$ 615 milhões ao longo de 2010, a perspectiva é de que a receita da Biolab alcance R$ 700 milhões no próximo ano, um crescimento projetado de 15%. A empresa, com duas fábricas na Grande São Paulo - Taboão da Serra e Jandira -, além de um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Itapecerica da Serra (SP), tem resistido ao constante assédio de grandes companhias, incluindo multinacionais, interessadas em ampliar ou mesmo fazer sua estreia no mercado brasileiro.

O foco da farmacêutica são medicamentos sob prescrição médica nas especialidades de cardiologia, que responde por 60% do total, ginecologia e dermatologia, sobretudo. A empresa está fazendo também suas apostas em dermocosméticos e nos segmentos de ortopedia e reumatologia, com medicamentos anti-inflamatórios. "Nosso foco é em inovação. Não temos interesse em disputar o mercado de genéricos", diz Marques. A companhia investe cerca de 7% de seu faturamento anual em P&D. Em 2010, a companhia formou uma joint venture com a alemã Merzpara atuar na área estética no Brasil.

O principal produto desenvolvido pelas duas empresas será o Xeonim, toxina botulínica, para concorrer com o Botox, da americana Allergane o Dysport, da francesa Ipsen. Outras parcerias com empresas estrangeiras foram firmadas nos últimos anos para o desenvolvimento e comercialização de medicamentos.

A Biolab foi fundada há 13 anos. Mas a família Castro Marques atua desde os anos 70 na área farmacêutica, por meio da União Química (ex-laboratório Prata), administrada pelo pai do empresário. Atualmente, a Biolab ocupa um prédio na Vila Olímpia, em São Paulo. Segundo Marques, a empresa tem projeto de ir para bolsa, mas não há nenhum planejamento nesse sentido no curto ou médio prazo. Ele acredita que o movimento de consolidação no setor será intenso. "Mas nós temos interesse em estar no negócio."

Fonte: Valor Econômico

MUDANÇA NAS BULAS (PARA MELHOR)

Acontece - ANVISA disponibiliza primeiro grupo de bulas em novo formato

Já estão disponíveis no Bulário Eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as primeiras 202 bulas adequadas às novas regras da Anvisa que exigem informações mais claras, linguagem mais objetiva e conteúdos padronizados.

De acordo com a RDC 47 de 2009, que instituiu as novas regras, a partir da publicação no Bulário Eletrônico as empresas terão até 180 dias para colocar as bulas à disposição dos consumidores nas embalagens de medicamentos. Este também é o prazo para que as empresas fabricantes dos medicamentos que já estão no Bulário passem a oferecer a bula em formato especial para deficientes visuais, como Braile, áudio, fonte ampliada, entre outros.

Genéricos e similares

A publicação das primeiras bulas adequadas vai desencadear também a adequação das bulas de muitos medicamentos genéricos e similares, que devem ser iguais à bula padrão, reduzindo o tempo de análise das bulas e o custo. Quando a Bula Padrão de um medicamento de referência for publicada no Bulário, as bulas dos seus genéricos e similares também deverão ser adequadas. Essa padronização vai facilitar o entendimento do consumidor.

As bulas dos genéricos e similares podem diferir das Bulas Padrão, que estarão no Bulário, apenas no que se refere às informações específicas do medicamento – como nome, fórmula e cuidados de conservação – e aos dados das empresas.

Os fabricantes de medicamentos genéricos e similares terão 180 dias para disponibilizar essas bulas nas caixas dos medicamentos, a partir a publicação das Bulas Padrão no Bulário Eletrônico.

Histórico

Em setembro de 2009, foi publicada a resolução RDC 47/09, que estabeleceu novas regras para as bulas de medicamentos no país. Durante o primeiro semestre de 2010, um primeiro conjunto de bulas começou a ser adequado à nova resolução. As detentoras de registro dos medicamentos elaboraram as novas bulas e submeteram à Anvisa. Durante o segundo semestre do ano, a Anvisa analisou as bulas submetidas pelas empresas e aprovou as bulas adequadas.

Como resultado desse trabalho, estão disponíveis, no Bulário Eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as primeiras 202 bulas adequadas às exigências da RC 47 de 2009. A estimativa é de que até 2012 as bulas de todos os medicamentos existentes no país já estejam adequadas.

Transição

As caixas dos medicamentos que foram fabricados antes do prazo de disponibilização ser encerrado e que ainda podem estar no mercado, conterão as bulas no formato antigo.

Não haverá recolhimento de produtos para troca de bulas durante o prazo de renovação dos estoques. Enquanto isso, elas serão publicadas no Bulário Eletrônico da Anvisa.

As bulas de medicamentos de referência que já estavam publicadas no Bulário, mas que ainda não estão adequadas, continuarão disponíveis para consulta e serão excluídas à medida em que suas novas bulas forem publicadas.

Como pesquisar no Bulário

Para realizar a busca de bulas já adequadas no Bulário Eletrônico, basta selecionar "Bula para o paciente" ou "Bula para o profissional de saúde". Depois é só clicar em buscar.

Para verificar se um medicamento já possui a nova bula, selecione "Bula para o paciente" ou "Bula para o profissional de saúde" e digite nos campos específicos pelo menos uma informação relacionada à bula desejada, como o nome do medicamento, nome do princípio ativo, nome da empresa ou sua categoria regulatória.

Fonte: Luana Cury – Imprensa/ANVISA

AQUISIÇÕES NA INDÚSREIA FARMACÊUTICA CHEGA A R$ 5 BI EM 2010

As indústrias farmacêuticas tiveram um ano agitado em aquisições, movimentando cerca de R$ 5 bilhões em negócios somente este ano. A máquina de compras Hypermarcas comandou as principais operações do setor, seguida pela nacional Eurofarma e a americana Pfizer.

Nos últimos dois anos, o segmento farmacêutico nacional virou alvo de importantes negócios, atraindo várias multinacionais ao país interessadas em ingressar, sobretudo, no segmento de genéricos, por conta do potencial de crescimento desse mercado.

HYPERMARCAS

Somente a Hypermarcas investiu mais da metade desses R$ 5 bilhões em aquisições e se tornou a líder nacional em genéricos, após a compra da nacional Mantecorp, concluída em dezembro passado, e a vice-liderança em dermocosméticos. A empresa desembolsou R$ 2,5 bilhões (R$ 600 milhões em dinheiro e R$ 1,9 bilhão em troca de ações).

A família Mantegazza, que era controladora do laboratório, ficou com uma fatia de 5,6% no grupo. Em março, a Hypermarcas já tinha comprado, por R$ 52,161 milhões, a Luper Indústria Farmacêutica, fabricante dos medicamentos Gastrol e Virilon, entre outros. Em novembro, adquiriu três importantes marcas de medicamentos da farmacêutica Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis.

"Vamos nos concentrar em 2011 na integração [dos ativos] e no crescimento orgânico", afirmou o principal executivo da companhia, Cláudio Bergamo. A recente aquisição da Mantecorp faz com que o grupo avance no segmento de prescrição médica, onde a companhia ainda tem muito espaço para crescer. A Brainfarma, divisão de genéricos da Mantecorp, terá reforços.

No fim de 2009, a Hypermarcas comprou o Neo Química, de Anápolis (GO), que estava sendo disputado pela americana Pfizer, dando um passo gigante em genéricos. "Queremos avançar sobre as 50 moléculas [com patentes expiradas] e depois sobre as top 100," anuncia o executivo.

PFIZER

Desbancada pela Hypermarcas nesse negócio, a farmacêutica americana partiu para cima da Teuto, instalada na mesma cidade goiana que a concorrente, e concluiu - em outubro - a compra de 40% da companhia por R$ 400 milhões, com opção de adquirir os 60% restantes a partir de 2014.

EUROFARMA

A farmacêutica nacional Eurofarma também esteve à frente de importantes negócios este ano. Em dezembro, comprou a Segmenta, de Ribeirão Preto (SP), marcando sua estreia em soro hospitalar. O valor do negócio foi avaliado em R$ 400 milhões (embora a empresa não confirme). No mesmo ano, também adquiriu o controle do laboratório Gautier, com sede em Montevidéu (Uruguai). O apetite por aquisições continua firme.

ACHÉ

Principal adversário da Hypermarcas para levar a Mantecorp, o laboratório nacional Aché também não ficou parado. A empresa comprou 50% da Melcon, de Anápolis (GO). Com essa operação, a companhia fez sua estreia no disputado mercado de hormônios, em crescimento dentro e fora do país.

VALEANT

O movimento de aquisições no setor farmacêutico não ficou restrito aos grandes laboratórios. Em abril, o grupo americano Valeant comprou duas empresas de pequeno porte: a Delta e a Bunker, que, juntas, somaram aportes de R$ 200 milhões. Estas transações, segundo informou a empresa à época, ajudaram a companhia a reforçar sua posição em medicamentos genéricos.

Fonte: Valor Econômico

sábado, 8 de janeiro de 2011

CÉREBRO SABOTA PROMESSAS DE ANO NOVO

Economizar dinheiro, largar o cigarro, emagrecer. A primeira semana do ano ainda nem acabou e muita gente pode estar se perguntando por que é tão difícil manter as promessas feitas na virada.
A resolução da cabeleireira Cristiane de Oliveira, 32, de São Paulo, foi emagrecer 15 kg o mais rápido possível, cortando doces e gordura.
Não durou. A primeira sobremesa do ano foi pavê de chocolate; no jantar, mais pavê e panetone. "Sempre digo "amanhã eu começo", mas esse dia nunca vem."
A culpa é da dopamina, dizem os especialistas. O neurotransmissor, relacionado à sensação de bem-estar no cérebro, é liberado sempre que a pessoa faz compras, fuma ou come guloseimas.
Isso atrapalha os planos de longo prazo, aqueles cuja recompensa virá só depois de sacrifícios, como dieta ou alguns meses na academia.
"Quando comemos muito chocolate há uma sensação de prazer intenso e imediato", explica o neurologista Paulo Caramelli.
Já numa dieta, a situação muda: "O prazer vai se manifestar de forma diluída e só depois de algum tempo."
O historiador Marcos Florence, 35, queria parar de fumar assim que começasse o ano. A promessa durou seis horas. "Amanheceu e eu já estava com cigarro na mão."
Agora, em vez dos 20 cigarros por dia, Marcos reduziu para 15. "Tem que ser homeopático, radical não dá."
EXCESSO DE CONFIANÇA
Em um experimento da Universidade Northwestern, EUA, o psicólogo Loran Nordgren pediu que 53 fumantes assistissem ao filme "Sobre Café e Cigarros" (2003) em uma de quatro situações: com o maço em outra sala, com o maço numa mesa próxima, com o cigarro na mão ou apagado na boca.
Quem acreditava ser mais capaz de resistir à tentação de fumar acabou escolhendo a terceira opção (cigarro na mão). Mas um terço deles falhou e cedeu ao impulso.
Entre aqueles que escolheram assistir ao filme com o maço na mesa, só 11% caíram na tentação de fumar.
"As pessoas têm essa crença de que conseguem se controlar mais do que realmente podem", afirma Nordgren.
"Faz parte da nossa natureza acreditar que venceremos todos os obstáculos", diz Caramelli.
O psiquiatra Geraldo Massaro, do Hospital das Clínicas, atribui parte da culpa pelo não cumprimento de promessas à falta de planejamento na hora de fazê-las.
"As pessoas não medem com clareza seus objetivos e fazem resoluções muito além de suas capacidades."
Segundo ele, o plano deve ser concretizado aos poucos.
"Quando a pessoa vê que cumpriu uma parte da meta, isso funciona como reforço positivo e pode criar um novo hábito", completa Caramelli.
Uma atividade física, por exemplo, deve ser praticada sempre na mesma hora, para que a rotina faça do exercício algo quase automatizado.
Outra medida que ajuda é reconhecer os próprios avanços, presenteando-se com algo prazeroso a cada meta atingida. Vale ir a um bom restaurante ou comprar aquele disco que está faltando na coleção.
"Se a pessoa está fazendo algo que vai contra o seu desejo, precisará de uma compensação para criar um desejo substituto", diz Massaro.

Fonte: Folha de Sao Paulo 07/01/11

ANÁPOLIS, A CIDADE DOS GENÉRICOS NO BRASIL

Anápolis já não é mais a mesma. A cidade com um quê interiorano, a cerca de 50 quilômetros da capital de Goiás, começou a mudar seu dia a dia nos últimos meses. A transformação é perceptível nas cores renovadas das casas, na construção de novos condomínios e edifícios que pipocam aqui e ali, impulsionados pelo aumento de renda com a chegada de novas indústrias à região. E todas essas mudanças, que não são poucas, vêm acompanhadas de um movimento migratório de trabalhadores, sobretudo do Sul e Sudeste do país, para ocupar cargos estratégicos em empresas farmacêuticas que se expandem ou chegam à cidade.
Os laboratórios, que começaram a ser instalados a partir dos anos 90 na cidade, fazem de Anápolis uma nova realidade. Somente nos últimos 12 meses, até dezembro, multinacionais e companhias brasileiras injetaram cerca de R$ 2 bilhões em Anápolis, atraídas pela oportunidade de negócios no segmento de genéricos. As companhias são seduzidas por um polpudo programa de incentivos fiscais e localização geográfica estratégica, cortada por duas rodovias federais, o que também atraiu grandes distribuidoras de medicamentos (ver abaixo).
Anápolis é o terceiro polo produtor farmacêutico do país e já caminha para a segunda posição - nos próximos meses a cidade vai desbancar o Rio de Janeiro - e está na disputa com São Paulo para ser o maior em genéricos do Brasil.
Em 2009, a cidade atraiu os holofotes - que permanecem desde então - com a compra da Neo Químicapela Hypermarcas(ver matéria ao lado). A empresa estava sendo disputada pela americana Pfizer, que perdeu o páreo, porém, quase um ano depois, abocanhou 40% do laboratório Teuto, instalado no mesmo complexo industrial da cidade, o Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis). Empresas como as suíças Novartise Roche também chegam à cidade para investir em distribuição de remédios, podendo fazer investimentos em laboratórios no futuro, segundo Luiz Medeiros, secretário de Indústria e Comércio do Estado. O Achécomprou 50% da Melcon, laboratório de médio porte também situado no Daia.
Além das gigantes suíças, grandes companhias, como a EMS, a maior nacional do país, analisam construir uma fábrica na região, segundo fontes do setor. A Novartis não confirma investimento na cidade.
O movimento de consolidação de ativos no setor tem mudado o perfil da cidade, que abriga novas faculdades e universidades para formar mão de obra local qualificada para essas indústrias. "Cheguei até Anápolis atraída por um anúncio da internet", diz a gaúcha Fernanda Figueiredo, 30 anos, formada em 2003 em farmácia industrial. Antes de ingressar na Teuto, onde ocupa o cargo de supervisora de produtos injetáveis, Fernanda passou pelo laboratório paranaense Pratti Donaduzzi. A gaúcha, desde 2005 na cidade, já está estabelecida. Conheceu seu marido na Neo Química e não pretende voltar para o Rio Grande do Sul.
Trajetória parecida tem o paranaense Milton Cavallari de Lima, 29 anos. Supervisor de produção de medicamentos sólidos na Teuto desde 2007, chegou a Anápolis quatro anos antes para fazer estágio na Greenpharma. Depois seguiu para a Cifarma. "Cortei o cordão umbilical com minha cidade e me estabeleci aqui", diz.
O polo farmacêutico de Anápolis começou a ganhar corpo com a expansão do Daia, fundado em 1976. São cerca de 100 empresas, das quais um quinto do segmento farmoquímico, além de companhias dos setores de alimentos, automobilístico, adubos, materiais de construção e um porto seco.
Com o frenético movimento de consolidação do setor farmacêutico em todo país nos últimos meses, muitas são as apostas de que as aquisições deverão reduzir o ritmo. No entanto, pequenas e médias empresas de Anápolis, descartadas inicialmente por grandes grupos, são consideradas hoje alvos potenciais de interessados em migrar para aquela região.
A FBM, farmacêutica de médio porte especializada em saneantes hospitalares, saiu do zero em 2000 e hoje fatura R$ 100 milhões. Junto com a Hospfar, empresa de Goiânia, especializada em produtos hospitalares controlada pelo empresário Marcelo Perillo, soma receita de R$ 600 milhões. O grupo é alvo de assédio, mas Perillo garante que ainda não está à venda. "Não descartamos parcerias com multinacionais para desenvolvimento de medicamentos", diz. A FBM concluirá em março um investimento de R$ 70 milhões e fechou parceira com uma empresa austríaca para produzir hormônios.
Embora os laboratórios instalados no Daia sejam hoje alvo de assédio, alguns ainda travam uma luta para se reerguer. É o caso do Kinder, especializado em genéricos, que foi desativado há dois anos por falta de capital. Seu proprietário, Marçal Soares, presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás, está em busca de investidores para reativar a fábrica. Com o ritmo acelerado de aquisições que se observa na região, a Kinder poderá abrir suas portas até mesmo com um novo dono.
 
Fonte: Valor Econômico