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terça-feira, 24 de maio de 2011

CIMED CORRE ATRÁS DE GENÉRICOS E FOCA EM NUTRIÇÃO

Depois de chegar atrasado no concorrido mercado de genéricos, o grupo farmacêutico Cimed investe na diversificação de seu portfólio e na atuação completa na cadeia de produção de medicamentos para fazer frente à competição e à consolidação do setor.
"Hoje estamos cinco anos atrás em genéricos na comparação com as grandes empresas. Mas eu me preparei e expandi o portfólio", afirmou ao Valor o presidente do grupo, João Adibe. Com sede em São Paulo e um complexo fabril em Pouso Alegre (MG) - de capacidade produtiva de 16 milhões de unidades (caixas de medicamentos) por mês - a empresa prevê crescimento de 40% no faturamento deste ano, para cerca de R$ 420 milhões.
Para alcançar essa meta, no entanto, vai precisar correr atrás do tempo perdido. "A gente não via o genérico como prioridade", disse o executivo, que destaca a estratégia de voltar os investimentos para essa área, que hoje tem cerca de 40 produtos. Há dois anos, a Cimed montou seu próprio laboratório, com a função de fazer todos os testes de bioequivalência dos medicamentos desenvolvidos pela empresa e agilizar a entrada dos genéricos no mercado.
Outra área que tem chamado a atenção do executivo é a de nutrição. Com a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no fim de 2010, que coloca os medicamentos atrás do balcão, as prateleiras das farmácias ficaram com espaços vagos o que, segundo Adibe, gerou uma oportunidade para produtos como os de suplementação alimentar, vitamínica e compostos auxiliares na redução de peso. No segmento de suplementos para atletas, a empresa vai usar a imagem e os personagens do voleyball, esporte pelo qual ela é reconhecida, com a gestão do Cimed Esporte Clube.
Hoje, além de genéricos e nutrição, a Cimed atua nas linhas OTC (sem prescrição), farma (com prescrição), higiene pessoal e hospitalar. O ganho de competitividade dos produtos da empresa está nas farmácias, que os recebem mais baratos, segundo o executivo, já que o grupo possui 17 centros de distribuição próprios. "Repasso o lucro do distribuidor direto para a farmácia", contou Adibe.
Mas, com o foco das vendas nas classes C e D, o lucro das operações é pressionado pelo baixo valor agregado de seus principais medicamentos. "As margens vêm caindo e temos de investir na produção para sermos competitivos", completou o executivo. Com a onda de aquisições no setor farmacêutico brasileiro, Adibe não descarta a possibilidade de sua empresa ser comprada. "Se não formos comprados, a minha estratégia é justamente o foco na distribuição", enfatizou.

fonte: Vanessa Dezem, Valor Econômico

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