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quarta-feira, 30 de março de 2011

FALTAM BONS CANDIDATOS A NOVOS MEDICAMENTOS

O Food and Drug Administration (FDA), agência que controla remédios e alimentos nos EUA, reconhece que há uma crise de inovação no setor farmacêutico. As novas drogas são, normalmente, pequenas variações de moléculas consagradas.

Nelson Mussolini,do Sindusfarma, alega que a indústria farmacêutica é a segunda que mais investe em pesquisa e desenvolvimento, perdendo apenas para a de eletroeletrônicos. Segundo o presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto, cerca de 12% do faturamento das empresas é recolocado em pesquisa.
"A indústria diz que, quando desenvolve drogas que são apenas um pouco melhores, faz a ciência avançar. Isso pode ser verdade em alguns casos, mas não na maioria", afirma Donald Light. José Rubens Bonfim cita como exemplo o caso das drogas para reduzir o colesterol. "A sinvastatina (lançada no fim dos anos 1980) é a primeira droga da classe. Depois dela vieram inúmeras, mas ela ainda é a melhor."
É mais fácil e mais barato desenvolver drogas similares às já existentes do que achar uma realmente nova, diz Light. "Se governos, seguradoras e pacientes estão dispostos a pagar mais caro por um remédio só porque ele é novo, recompensam a pouca inovação das empresas."
Pierre Ohayon, pesquisador da UFRJ, considera importante que o governo brasileiro utilize seu poder de compra para estimular a inovação na indústria nacional. "Ele não deve comprar como quem vai ao supermercado",compara. "Deve exigir um produto mais sofisticado e dar o apoio financeiro para essa inovação."
Vera Vieira, autora de uma tese de doutorado na Unicamp sobre inovação, recorda que é difícil vencer o desafio. "As grandes farmacêuticas necessitam de um produto "arrasa-quarteirão" por ano para se manter", aponta. "Não é simples: além de dinheiro e das competências técnicas e gerenciais, é necessário contar com o acaso de se descobrir a molécula certa." 


Valor exorbitante

O custo médio de criação de um novo fármaco é estimado em US$ 1 bilhão. 
(Jornalista: Alexandre Gonçalves e Karina Toledo)

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