Só Templates

Créditos



Layout by



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MANTECORP...A BOLA DA VEZ PARA COMPRA

Mantecorp vira alvo de disputa de múltis e nacionais

O laboratório nacional Mantecorp está no centro de uma disputa acirrada que envolve grupos nacionais, estrangeiros e até interesses políticos. O grupo Hypermarcas está jogando pesado para assumir o controle do Mantecorp. A farmacêutica nacional contratou há alguns meses a Inspire Capital, butique especializada em fusões e aquisições, para coordenar essa negociação.

O Valor apurou que o grupo nacional Aché, até então o mais cotado para fechar um acordo com a família Mantegazza, controladora do Mantecorp, enfrenta agora dois concorrentes de peso nessa operação. Além da Hypermarcas, a multinacional inglesa GlaxoSmithKline (GSK), entrou na disputa e contratou o Deutsche Bank para coordenar a transação.

Com faturamento em torno de R$ 700 milhões, a negociação está avaliado em R$ 2,5 bilhões, segundo fontes de mercado. Em seu portfólio estão marcas tradicionais, como o antigripal Coristina, os antialérgicos Polaramine e Celestamine, o antipirético e analgésico Alivium, a linha de proteção solar Episol e de hidratantes Epidrat. Com uma fábrica em Jacarepaguá (RJ), o Mantecorp também tem um braço de medicamentos genéricos, o Brainfarma.

Procurada, a GSK, que possui uma fábrica no Rio de Janeiro, informou que não vai comentar o assunto. A Hypermarcas, por meio de sua assessoria, afirmou que "não comenta rumores de mercado, mas está sempre atenta a boas oportunidades de negócio." O Mantecorp não retornou aos pedidos de entrevista.

Apontado até recentemente como o mais provável comprador, o Aché teria o interesse de fundir as operações das companhias para depois abrir o capital, apurou o Valor. Procurado, o Aché não comentou o assunto.

A oferta feita pelo laboratório inglês para a compra do controle da companhia nacional soou como um sinal de alerta na esfera do governo federal, que tem dado apoio por meio de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para evitar a internacionalização do setor farmacêutico.

No ano passado, a Mantecorp sofreu um duro golpe em sua receita, quando o contrato de licenciamento de vendas de importantes produtos com a americana Schering-Plough não foi renovado. Esse acordo foi rompido depois que Schering-Plough foi adquirida pela compatriota Merck Sharp & Dohme (MSD). Fontes do mercado afirmaram que a MSD também estaria de olho nos ativos da Mantecorp. Pessoas ligadas ao setor avaliam que a companhia nacional pode vender apenas parte de sua companhia, sem necessariamente abrir mão do controle.

Conhecida por sua postura agressiva em aquisições no país, a Hypermarcas se transformou em uma verdadeira máquina de compras nos últimos meses, sobretudo nesse segmento. A última transação nesse setor foi anunciada no início de dezembro, quando adquiriu três marcas de medicamentos da farmacêutica Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis: a Digedrat, Peridal e Lopigrel. No ano passado, a empresa deu uma tacada certeira ao comprar a Neo Química, de Goiás, que estava sendo disputada pela americana Pfizer. Com um faturamento em torno de R$ 4 bilhões em 2009, a área farmacêutica da Hypermarcas já responde por 38% da receita da companhia nacional.

Fonte:
Jornalista: Mônica Scaramuzzo
Valor Econômico
http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5437&catid=:noticias-do-setor

Nenhum comentário:

Postar um comentário