Só Templates

Créditos



Layout by



terça-feira, 27 de julho de 2010

CONTAS NO AZUL

O controle de fluxo de caixa ainda é um desafio para muitos micros e pequenos empresários. Ter as contas na ponta do lápis é essencial para corrigir falhas e evitar prejuízos

Os problemas de gestão e falta de planejamento são apontados pelo Sebrae como os principais motivos para a falência de 51% de todas as micro e pequenas empresas que fecham as portas anualmente no Brasil. O consultor do Sebrae-SP Reinaldo Messias diz que os problemas acontecem porque a maioria dos empresários do País resiste à prática do controle rígido do fluxo de caixa de suas empresas. Manter as contas na ponta do lápis é tão ou mais importante do que satisfazer o cliente e aumentar as vendas, segundo o consultor. "O controle das despesas fixas e variáveis é decisivo não só para evitar prejuízos, mas também para aumentar a rentabilidade dos produtos e gerar lucro para a empresa", conta Messias. De acordo com o Sebrae, todos os anos, o País ganha cerca de cem mil novas micro e pequenas empresas, que se somam ao contingente de seis milhões de companhias desses portes que já existem atualmente no Brasil. Entretanto, 22% delas fecham as portas antes de completarem o segundo ano de vida por não acompanharem as contas. "Por desconhecerem os gargalos do negócio, esses empresários descobrem que operam no prejuízo quando já é tarde e não conseguem mais socorrer a empresa", explica. Para atingir o resultado esperado, o comerciante tem de saber, antes de tudo, qual o movimento de cada produto ou segmento que ele oferta em sua loja. Seja na área de perfumaria ou medicamentos, o gestor deve entender a sazonalidade de cada segmento e saber distinguir aqueles mais procurados pelos consumidores e os mais rentáveis à empresa. Através desse controle, ele poderá planejar as ações necessárias para aumentar a lucratividade e promover mudanças de rota que possibilitem o realinhamento das contas. "Não é uma regra, mas cerca de 80% do lucro de uma loja está concentrado em apenas 20% dos produtos oferecidos. É preciso saber que produtos são esses e produzir campanhas para aumentar a venda deles", explica André Oliveira da Costa, gerente do Painel de Aferição de Indicadores (PAI) da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar). Outra sugestão dos consultores é sempre começar pelo enxugamento de despesas e revisão dos custos fixos. Se a empresa estiver muito endividada, as renegociações do contrato de aluguel e do pagamento de fornecedores são boas iniciativas que ajudam na oxigenação das contas. Nos momentos de crise financeira, muitos empresários optam pelo corte de funcionários achando que encurtam o caminho para colocar as contas em dia. A solução é fácil, mas nem sempre é a mais indicada, segundo o diretor da Gestão Farma Consultoria, Adriano Schinetz. "Demitir o empregado nessas horas é transferir para eles o problema da concorrência e da falta de gestão. Ao contrário do que muitos pensam, a saída pode estar justamente na equipe. Basta orientá-la adequadamente para que os objetivos sejam alcançados", analisa.
 
Por Rodrigo Rodrigues
 
Fonte: Guia da Farmácia 

Nenhum comentário:

Postar um comentário