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quarta-feira, 19 de maio de 2010

CONVERSAS NO TRABALHO

Existem limites para conversas no trabalho?


SÃO PAULO – O jogo do último domingo, as últimas "estrepolias" do filho, aquela festa inesquecível. Assuntos para conversar com os colegas de trabalho não faltam, principalmente depois de um fim de semana. Um bate-papo pode até ser prazeroso, mas cabem sempre ressalvas quando ele é feito durante o expediente. Nesses casos, vale o bom senso.

“Essa questão de bom senso é sempre questionável”, afirma o sócio majoritário da consultoria de processos seletivos Steer Recursos Humanos, Ivan Witt. Para ele, o limite da conversa durante o trabalho é estabelecido pelo resultado. “O limite tem de ser o objetivo que o grupo quer alcançar”, diz.

Dessa forma, em ambientes onde a equipe é focada e os objetivos são cumpridos, a conversa em nada prejudicará o rendimento nem será vista com maus olhos pela liderança. “Não existe chefe que não goste de bons resultados e as pessoas do ambiente de trabalho têm de saber conduzir o ímpeto de socialização”, ressalta.

Integração versus dispersão

Para a consultora de Planejamento de Carreiras da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vanessa Patrocínio, não existe um limite para o bate-papo. “Mas é bom ressaltar que a conversa deve ser de curta duração”, afirma. A consultora acredita que a conversa é mais uma ferramenta que auxilia a equipe no trabalho. “Essas conversas são importantes para integrar a equipe, aproximam as pessoas e ajudam em momentos de tensão”, explica.

Porém, o fio que separa a integração da dispersão é tênue. Assim como Witt, Vanessa acredita que equipes pequenas e focadas tendem a utilizar bem o bate-papo para aumentar os resultados e alcançar os objetivos. Mas, em equipes maiores, se não houver um controle, elas podem dispersar.

Então, cabe sim o bom senso, mas o da empresa. “Acredito que as empresas devem ditar regras”, diz Witt. Para ele, as normas facilitariam a vida do profissional. Porém, ele reconhece que questões como essas são delicadas e restringir a conversa pode gerar o efeito inverso ao desejado pela empresa. “Se houver um controle excessivo, a equipe pode se sentir triste e desmotivada”, afirma. Afinal, conversar é uma necessidade inerente ao homem. “É inevitável”, completa Vanessa.

Conversas paralelas

Já que conversar é natural e inevitável, estabelecer certos limites pode ser necessário para evitar que o local de trabalho vire uma verdadeira feira livre. E se é difícil as empresas delimitarem essa linha, cabe aos profissionais pontuarem o que pode e o que não pode, não com base no bom senso, que é relativo, mas na observação do ambiente onde ele está.

“Nesses casos, até o layout dessa ambiente influencia”, afirma Witt. Ele explica que locais onde a separação entre os funcionários é notória, feita com baias altas, por exemplo, tem o objetivo de manter o profissional focado. Ambientes mais abertos, porém, estimulam naturalmente as conversas paralelas.

Nesse sentido, é preciso que o profissional perceba quando e onde pode iniciar a conversa. Witt afirma que existem momentos que são naturais para que isso ocorra, como a chegada no local de trabalho, antes e depois do almoço e o momento da partida. Além disso, o lugar do cafezinho é ideal para encontrar os colegas de trabalho e dar uma respirada, bem como as saídas para fumar.

Claro que, mesmo nesses momentos, é difícil estabelecer um tempo para o bate-papo, bem como é difícil manter a equipe em silêncio no restante do tempo. “É impossível manter o colaborador focado o tempo todo”, diz Witt. Por isso, ele defende o estabelecimento de regras por parte das empresas.

Essas regras devem manter o equilíbrio entre a satisfação dos funcionários e o cumprimento das metas. “Sou favorável a uma comunicação clara”, ressalta o especialista. “E acredito que as empresas devem ser flexíveis”, afirma, pontuando que, como passamos a maior parte de nosso tempo no trabalho, é impossível evitar resolver problemas pessoais durante o expediente.

O que não pode ser dito

Conversas polêmicas, que possam gerar desconfortos, estão fora da lista de assuntos para se abordar com os colegas de trabalho. Para Vanessa, não existe regra, mas temas que têm potencial para gerar desgastes devem ser evitados. Assim, tire da lista política, religião, sexo e futebol. “Mas tudo depende do ambiente corporativo”, ressalta a consultora.

Para Witt, comentários maliciosos, reclamações dentro do ambiente de trabalho e os temas polêmicos devem ser evitados. “Muitas vezes, o que não é polêmico para você pode ser para o seu colega”, ressalta. Por isso, para abordar determinados assuntos, é preciso conhecer bem o ambiente de trabalho e os colegas. “Situações engraçadas e corriqueiras podem e devem ser comentadas com os colegas, é saudável”, enfatiza Vanessa. Para ela, ainda, assuntos de cunho muito pessoal devem ser deixados de lado.

Para os profissionais que acabaram de entrar em determinada empresa, a dica é notar o ambiente e tentar traçar um perfil de cada um. Nessas casos, o profissional que chega falando sem parar pode se prejudicar se não adotar esses cuidados. “Ele pode causar certa rejeição e chocar os colegas”, afirma Vanessa. “Chegar querendo mostrar quem é não é adequado e você ainda corre o risco de ser mal interpretado”, completa Witt.

Para ele, o ambiente corporativo tem de ser restringido ao máximo aos assuntos profissionais com foco no processo e não nas pessoas. Como é difícil, o ideal é controlar as dispersões. “Muitas vezes, quem inicia uma conversa não é a pessoa que está focada. Quando isso acontece, é preciso aprender a dizer não para a conversa”, afirma o especialista.

Vanessa aconselha os profissionais que se sentem incomodados com o "burburinho" alheio a criar mecanismos internos para se concentrar. Para os mais falantes, focar nos objetivos ajuda a controlar a vontade de falar sem parar. “É importante haver essa integração, é saudável, mas sempre focando que estamos no ambiente corporativo, que dita regras que devem ser seguidas”, completa Vanessa

Fonte:http://dinheiro.br.msn.com/comportamento

terça-feira, 18 de maio de 2010

AGAFARMA

Rede Agafarma quer se transformar em cooperativa para ganhar mercado


Uma das pioneiras do associativismo no Rio Grande do Sul, a rede de farmácias AGAFARMA planeja formalizar legalmente uma cooperativa. O presidente da Cooprofar (cooperativa dos associados da Agafarma), Henrique Fernando Tuhtenhagem de Oliveira , acredita que a legalização da cooperativa deverá ocorrer até o final deste ano.

O dirigente explica que, ao formar a cooperativa, a Agafarma terá mais autossuficiência. Além de vantagens legais e fiscais, a rede terá maior capacidade de investimento. Oliveira relata que através da cooperativa será mais fácil aportar recursos para instalar estabelecimentos em shopping centers e supermercados.

A oficialização da cooperativa não alterará a marca da Agafarma. Atualmente, a rede conta com 346 unidades espalhadas pelo Estado e a expectativa é chegar a 500 estabelecimentos até 2013.

CERTIDÃO DE REGULARIDADE

Outro assunto envolvendo o setor foi a audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa realizada na última quarta (5). O encontro discutiu a liberação da certidão de regularidade exigida pela vigilância sanitária do Estado e dos municípios para a renovação do alvará sanitário de farmácias e drogarias.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (Sinprofar), está havendo impasse e atraso na liberação dos alvarás sanitários por parte da Vigilância Sanitária Estadual, o que implica impossibilidade de obtenção de produtos, principalmente das chamadas farmácias populares. O Conselho Regional de Farmácia do Estado nega a existência do problema e diz que está com as liberações em dia.

A reunião, coordenada pelo presidente da comissão, deputado Gilmar Sossella (PDT), decidiu pela formação de um grupo de trabalho permanente para acompanhar a solução do problema. A primeira providência será solicitar ao Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) do Ministério da Saúde a prorrogação dos prazos para renovação das farmácias populares.

Fonte: Jornal do Comércio

MAIOR QUE A UNILEVER

Hypermarcas tem quase R$ 1,9 bi para investir em novas aquisições


A Hypermarcas nunca teve tantos recursos em caixa para investir em novas aquisições, e na integração e expansão de seus negócios, desde que a companhia abriu o seu capital, em 2008. A soma do montante disponível chega a quase R$ 1,9 bilhão - um valor que inclui o caixa da companhia (R$ 641,9 milhões) e o volume captado há um mês na emissão de ações, que atingiu R$ 1,23 bilhão.

O fôlego financeiro da empresa passou a ser calculado pelos analistas com a apresentação dos resultados do grupo no primeiro trimestre do ano. Com as expectativas positivas, as ações ON da Hypermarcas subiram 11% na última segunda (10). "São recursos que já fazem parte de nossos projetos de expansão para 2010", afirma Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas.

"Apenas com os montantes obtidos com a emissão de papeis, um terço deve ser destinado para o pagamento das últimas aquisições ocorridas neste ano e os outros dois terços ficarão em nosso caixa", afirma ele. Com isso, serão mais de R$ 800 milhões livres para investimentos futuros - sem contabilizar nesse cálculo os quase R$ 642 milhões que estão no caixa da companhia, de acordo com resultados do primeiro trimestre.

Não è á toa que tem circulado informações no mercado a respeito de novas aquisições da empresa neste ano. Segundo fontes do setor, o próximo alvo são os ativos do grupo Bertin na área de higiene e beleza, além do recente interesse nas fraldas Johnson& Jonhson - negociação esta que teria esfriado nos últimos tempos.

Segundo o Valor Econômico apurou, em relação ao grupo Bertin, o interesse principal está no portfolio de marcas da empresa, que inclui Phytoderm, Neutrox, Karina, Kolene e Francis. De acordo com executivos próximos à Hypermarcas, a família controladora do grupo Bertin teria acenado positivamente em torno de uma negociação no começo do ano (algo que a Bertin nega). A Hypermarcas já teria, inclusive, avaliado os ativos.

Questionado a respeito, Bergamo afirma que a companhia "sempre está pronta para fazer um bom negócio", e conclui: "Estamos trabalhando em novas aquisições e comunicaremos o fato no momento certo."

EMPRESA SUPERA A UNILEVER EM MARCAS

Foram tantas operações recentes que a Hypermarcas já é hoje maior do que o grupo Unilever no Brasil em número de marcas. Desde a abertura de capital da empresa, foram aplicados cerca de R$ 4,8 bilhões na compra de ativos e há 135 marcas dentro do grupo.

Jontex, Pom Pom, Niasi e Bozzano são algumas delas. Desse total, uma centena é considerada "top brand", com alto potencial de crescimento. De janeiro a março, a Hypermarcas registrou alta de 71% na receita líquida, que atingiu R$ 656,8 milhões. Os ativos adquiridos em 2009 contribuíram com uma alta de 46% na receita do intervalo.

Uma empresa desse tamanho exigiu que a empresa criasse um modelo de integração das operações adquiridas. Dados publicados pelo grupo em fevereiro, e atualizados recentemente, mostram que, das dezesseis empresas adquiridas desde 2007, nove ainda estão na primeira fase de integração. Ali é dado o pontapé inicial da fusão, com ganhos mínimos de sinergia.

Na fase dois, em que ocorrem ajustes operacionais, estão apenas três empresas e outras quatro estão na última etapa da união de ativos - que inclui lançamentos e remodelagem de linhas de produtos.

Fonte: Valor Econômico

EMS PRODUZ VIAGRA GENÉRICO

EMS produz genérico do Viagra, que deve chegar às farmácias no dia 21 de Junho


Pode-se dizer que a palavra Viagra tem vários significados. Tudo, é claro, depende do ponto de vista. No dicionário Oxford, ela consta como “substantivo – marca – um composto sintético utilizado para melhorar a potência masculina.” Para o laboratório americano Pfizer, que desenvolveu o medicamento em 1998, representa bilhões de dólares. E, desde o fim de abril, quando sua patente foi quebrada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), um ano antes do previsto, seu nome pode ser traduzido em uma única palavra: oportunidade, pelo menos para laboratórios de medicamentos genéricos.

O primeiro a agarrá-la é o EMS. “Já recebemos a aprovação da Anvisa”, comemora Waldir Eschberger Júnior, o vice-presidente da empresa, de olho em um mercado estimado em R$ 500 milhões. “Estamos trabalhando para, se possível, chegar às farmácias já no dia 21 de junho. Quem chega primeiro, sai ganhando”, disse o executivo. A data é estratégica, já que é exatamente o dia seguinte ao do vencimento da patente.

Dona das marcas Energil C e Gerovital, a EMS é hoje uma das maiores empresas do segmento de genéricos, com faturamento anual de R$ 2,4 bilhões, dentro de um mercado que, no ano passado, registrou vendas de R$ 4,5 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).

A empresa não revela ainda o valor pelo qual o seu genérico do Viagra, que já está sendo produzido, será vendido, mas dá para ter uma ideia. Por lei, o medicamento genérico deve ser 35% mais barato do que o produto de referência. “Certamente, ofereceremos um desconto maior do que o mínimo, mas a porcentagem de redução ainda não está definida”, contou Eschberger.

No caso do Viagra original, uma caixa com duas pílulas de 50mg cada uma custa cerca de R$ 60 – ou seja, R$ 30 por comprimido. O genérico reduziria esse preço a, no mínimo, R$ 19,50 cada pílula, o que o tornaria mais acessível às classes mais baixas da população. “O medicamento original perde em valor de mercado, mas ganha em volume de venda”, avalia Marcello Albuquerque, diretor de negócios da consultoria farmacêutica IMS Health.

Outros laboratórios também estão no páreo. O Teuto é um deles. “Estamos trabalhando no desenvolvimento do produto e aguardando a autorização da Anvisa”, afirmou Marcelo Henriques Leite, presidente-executivo do laboratório. “Outras duas que não devem ficar de fora são a Hypermarcas e a Medley - a maior fabricante de genéricos”, diz Bruno Savio Nogueira, analista do setor farmacêutico da Lafis Consultoria.

Já a Eurofarma confirma negociar acordo de fornecimento e distribuição com a própria Pfizer, garantindo assim seu acesso à matéria-prima - que é importada. Os detalhes do acordo ainda serão discutidos. Outra opção para a Pfizer seria se aventurar em um mercado que não atua e lançar ela mesma um genérico do Viagra. “A Pfizer analisa diversas oportunidades de negócios no País, que incluem diferentes iniciativas em estudo, envolvendo diferentes medicamentos, entre eles o Viagra”, afirmou Adilson Montaneira, diretor da unidade de negócios primary care da empresa no Brasil.

Fonte: Isto é Dinheiro

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ponto de Mutação

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Industrias Medicamentos Goianas Seguem Crescendo

Indústrias goianas projetam crescer ainda mais nos próximos anos


No ano que o medicamento genérico comemora 11 anos no mercado brasileiro, o Laboratório Teuto, localizado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), tem muito a comemorar. Suas vendas cresceram 30% no ano passado, ante os 19,4% da média nacional, e agora se prepara para dar um novo salto, expandindo o seu mercado para os consumidores das classes C e D.

“Antes, os genéricos chegavam apenas até os consumidores das classes A e B, que têm mais informações. Agora as pessoas das novas classes C e D estão descobrindo as qualidades desses medicamentos, abrindo um grande potencial de mercado”, afirma o presidente executivo do Teuto, Marcelo Leite Henriques.

Atualmente, o Teuto é a 3ª maior indústria produtora de genéricos do Brasil e fabrica mais de 400 apresentações, com as principais moléculas do mercado. A empresa produz todas os medicamentos genéricos entre os 10 mais vendidos no Brasil.

Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tramitam mais de 100 pedidos de registros de novos produtos do Teuto, entre eles o genérico do Viagra. Este ano, a empresa espera lançar 70 novas linhas e mais 120 no próximo ano.“Apostando no mercado dos genéricos, sobretudo na ampliação das linhas de produção de medicamentos oncológicos (hormônios) e biogenéricos, vamos crescer 30% este ano, 50% em 2011 e mais 30% em média até 2020”, revelam Marcelo Henriques e Ítalo Melo, diretor do Teuto.

Para dar sustentação ao crescimento do mercado, a empresa vai investir R$ 250 milhões na compra de mais equipamentos e em pesquisas e desenvolvimento de produtos. Serão criados mais 800 empregos diretos. Hoje a empresa emprega 1.700 trabalhadores.

A indústria Farmacêutica Geolab, também localizada em Anápolis, nasceu com a lei do genérico, no ano 2000. “A regulamentação do uso do genérico, pelo então ministro José Serra, permitiu o surgimento da nossa empresa. Somos filha do genérico”, conta o diretor André Hajjar. Atualmente, o Geolab fabrica 113 produtos em 205 apresentações, entre orais, semi-sólidos e na linha de colírios e efervescentes que têm uso hospitalar e são vendidos em farmácias.

Em 2009, a indústria produziu, em média, 20 milhões de unidades farmacêuticas por mês e lançou 27 produtos no mercado. Este ano, serão outros 40 novos tipos. “Queremos continuar crescendo acima da média nacional. O mercado é amplo e temos muito espaço a conquistar”, afirmam André Hajjar e Rodrigo Nóbrega, gerente de Marketing.

Para dar sustentação ao aumento da produção e ao lançamento de novos produtos, a empresa vai investir, este ano, R$ 25 milhões, o que permitirá o aumento de 50% na capacidade produtiva da indústria e a abertura de mais 300 vagas de trabalho.

Fonte: O Popular

SEGUEM AS AQUISIÇÕES...

Farmacêutica americana compra a brasileira Bunker e avança em genérico


O grupo americano Valeant anunciou a compra do laboratório nacional Bunker, com sede na capital paulista. Esta é a segunda aquisição da farmacêutica no país em menos de três semanas, como parte do movimento da companhia de reforçar sua posição em medicamentos genéricos. A nova aquisição está avaliada em cerca de R$ 100 milhões. Somada à compra da Delta, de Indaiatuba (SP), os investimentos em consolidação do grupo no país chegam a R$ 200 milhões. "Agora, com o nosso portfolio maior, podemos trazer para o Brasil estudos clínicos", afirmou ao Valor Carlos Picosse, presidente das operações da Valeant no Brasil.

Segundo Picosse, o movimento de consolidação da Valeant é global, com ênfase em países com potencial de expansão, como o Brasil, e também com possibilidade de diversificação de negócios. Nos últimos 30 dias, a companhia investiu cerca de US$ 330 milhões na compra de um laboratório americano, o Aton Pharma, especializado em produtos oftalmológicos e em drogas órfãs (voltadas para doenças raras ou negligenciadas), e no Canadá, com a Vital Science.

Já os dois laboratórios recém-adquiridos pelo grupo americano no Brasil deverão servir de base para a produção de medicamentos da Valeant e também para desenvolvimento de genéricos. A farmacêutica é especializada em áreas do sistema nervoso central, dermatológica, antibióticos e anti-inflamatórios.

Com três fábricas no Brasil, a Valeant vai concentrar sua produção em Indaiatuba, onde fica instalada a Delta, e no bairro paulistano Cidade Dutra, base da Bunker. "A Bunker trabalha com uma linha de medicamentos similares e genéricos e está entrando em cosmecêuticos (dermocosméticos)", disse. Toda a produção da fábrica da Valeant, que fica em Campinas (SP), deverá ser transferida para Indaiatuba, que também produz genéricos. A unidade da Cidade Dutra vai manter a produção atual da Bunker e novos produtos que virão da matriz e outras subsidiárias do grupo. "Vamos transferir o pessoal de Campinas para Indaiatuba e pretendemos fazer novas contratações."

Com faturamento de R$ 55 milhões no Brasil em 2009, a companhia projeta mais do que triplicar sua receita este ano. A meta é atingir R$ 185 milhões com as duas compras. No mundo, a Valeant fatura cerca de US$ 820 milhões.

HISTÓRICO

Criada em 1960, originalmente como ICN (International Chemical Nuclear), a empresa chegou ao país na década de 70, com a aquisição de um laboratório. Em 2005, resolveu se repaginar e passou a se chamar Valeant. No fim dos anos 90, a empresa adquiriu o medicamento Melleril (antipsicótico), que pertencia à suíça Novartis, e outros três da Roche: Dalmadorm (indutor de sono), Limitrol (antidepressivo) e Mestinon (disfunção muscular). Esses remédios já perderam a patente, mas têm grande aceitação pela comunidade médica global.

Além dos medicamentos maduros, o grupo americano também tem parceria, desde 2008, com a inglesa GlaxoSmithKline (GSK) para a distribuição do Retigabine (tratamento de dor neuropática), que está sendo desenvolvido pela Valeant. Também no "pipeline" (em desenvolvimento) da empresa está uma nova versão do Ribavirin, que combate a hepatite C. Esse medicamento promete reduzir os efeitos colaterais do atual já comercializado no mercado.

Fonte: Valor Econômico