Só Templates

Créditos



Layout by



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Viver sem se preocupar com dinheiro, quem não quer? Mas enquanto o milagre não acontece, o remédio é tomar cuidado e prestar bastante atenção nos gastos de todo dia. Conversamos com especialistas em finanças pessoais e mostramos o caso de algumas endividadas.


Primeiro caso

Cibele Gomes é professora e ganha R$ 2.800. Não consegue guardar dinheiro e vive reclamando que isso a impede de passear nos finais de semana. “O dinheiro sempre acaba antes do final mês, é péssimo. Tem dia em que acho que nunca vou sair desse aperto”, diz Pois vamos às contas. Entre os gastos com as contas da casa, convênio médico, previdência privada para o filho e o pagamento de duas dívidas (empréstimo no banco: R$150 e um acordo com o condomínio R$ 250), Cibele gasta R$2.200.

O salvador deste incêndio é o especialista Gustavo Cerbasi, autor dos livros “Dinheiro – Os segredos de quem tem” e “Casais inteligentes enriquecem juntos”, ambos da editora Gente. Para ele, o caso de Cibele não é grave. “Se somarmos as contas que ela considera mais relevantes, o total é de R$ 2.200. Sobram R$ 600 para os pequenos gastos diários. Se descontarmos os gastos decorrentes de erros que ela cometeu no passado [empréstimo no banco e acordo com o condomínio], são mais R$ 400 sobrando no orçamento. O primeiro passo é analisar a importância dos pequenos gastos. Durante um mês, anote todos eles, e analise-os com cuidado. Não use o termo ‘supérfluo’ para se referir a eles, pois provavelmente é daí que vem a maior parte de suas felicidades cotidianas: cuidados pessoais, presentes, lazer e indulgências. Estabeleça um limite para esses gastos, e passe a sacar do caixa eletrônico a verba destinada a eles. Durante os próximos meses, aperte o cinto para saldar o quanto antes sua dívida e o acordo com o condomínio. Se tiver 13º, use-o para isso. Saldadas as dívidas, contrate um plano de previdência no valor de R$ 200 mensais, com pagamento dois dias após seu recebimento, passe a contribuir com R$ 100 mensais para uma caderneta de poupança e habitue-se a colocar suas contas na ponta do lápis. Com maior consciência de seus gastos, e destinando verbas específicas para seus pequenos prazeres, você não errará mais”, ensina.

Segundo caso


Ariane Silva se formou em direito e trabalha como advogada júnior em um escritório de consultoria. Com um salário mensal de R$1.800, ela decidiu sair de casa e ir morar com uma amiga. Elas dividem o aluguel de R$1.100 – já com o condomínio – e gastam mais cerca de R$ 300 com água, luz, telefone fixo e internet. Dos quase R$1.000 que sobram do salário de Ariane, quase tudo está indo para o pagamento do cheque especial e dos cartões de crédito, numa dívida total de R$ 2.900. “Eu comecei a comprar as coisas para o apartamento novo e me perdi totalmente. Agora, mal recebo e já estou sem dinheiro”, conta.

Para o caso, o especialista Humberto Veiga, autor do livro “O que as mulheres querem saber sobre finanças pessoais”, da editora Thesaurus, diz que há solução.


Ele diz o seguinte: “Ariane tem muita sorte, o problema dela pode ser resolvido facilmente, mas, antes de entrar na solução, vamos à causa: ter ido morar com a amiga. Posso falar que a inexperiência levou Ariane a esta situação, mas foi bom que tenha acontecido agora, pois irá poupar-lhe muita preocupação futura. A situação é a seguinte: vá imediatamente ao banco e proponha uma troca da dívida no cartão de crédito e no cheque especial por um parcelamento dentro do seu orçamento. Faça com que a instituição financeira entenda que, se não fizer isso, você pode ficar inadimplente e isso é tudo o que o banco não quer. Para evitar ‘cair em tentação’, pelo menos nesse momento de recuperação, cancele o cartão de crédito (pague somente à vista) e o cheque especial, tão logo seus saldos negativos sejam zerados pelo novo empréstimo em prazo mais longo. Verifique se você tem possibilidade de fazer uma operação de crédito consignado. Isso irá baratear ainda mais o negócio. Procure cotações de empréstimo em bancos públicos que podem estar com taxas atrativas nesse momento. Se puder voltar a morar com seus pais e não perder a amizade (procure outra amiga para ficar no seu lugar), seria uma boa ideia, até o momento em que sua renda realmente possa sustentar o estilo de vida que você quer levar, o que, por enquanto, não parece ser o caso.”

Terceiro caso


Serena Oliveira tem 20 anos e trabalha em uma loja de joias num shopping paulista. Com um salário de cerca de R$ 2.500 mensais, ela paga a faculdade (R$ 1.080), as prestações do carro (R$ 340), o plano do celular (R$ 100) e usa o resto do dinheiro com despesas pessoais. Essas despesas pessoais foram o seu grande problema nos últimos meses. Entre roupas novas, presentes para o namorado e saídas com os amigos, ela acumulou uma dívida no cartão de crédito no valor de R$ 2.000. O especialista em finanças pessoais Erasmo Vieira, autor do livro “Viva em paz com seu dinheiro”, da editora Armazém, explica o que fazer:

“A Serena deve, num primeiro momento, conhecer realmente seus ganhos e seus gastos. Somente com a faculdade, prestação do carro e celular, ela gasta R$ 1.520. Outros gastos frequentes não relacionados como gasolina, alimentação, estacionamento e gastos com estudo na faculdade devem somar mais R$ 500. Sobram apenas R$ 480,00 para roupas, presentes, saídas e ainda pagar a dívida do cartão. Está é a margem que ela tem para viver. Anotar todos os gastos para conhecer o orçamento correto é o primeiro passo - e liquidar o cartão de crédito urgentemente. Com o 13º salário, comissões extras de final do ano e, em último, caso pegar um empréstimo consignado para liquidar a fatura. O problema do empréstimo é que será mais uma prestação a pagar, portanto, o que sobra no fim do mês para ela gastar vai diminuir ainda mais. Serena deve se preparar também para pagar o imposto do carro em 2010. Ela deve ter como prioridade na vida financeira não pagar juros, não entrar no cheque especial e liquidar seu cartão. Ela tem 20 anos e não deve começar a vida com dívidas. É melhor ter período de festas mais magro e começar 2010 com a casa em ordem”, aconselha.

Quarto caso

Silvia é professora e acaba de se divorciar. Com um salário de R$ 3.500, ela acabou de trocar de carro e está arrependida de ter esgotado cada centavo de suas economias em um momento desses. “Eu vivo no vermelho. Não consigo guardar nada e morro de medo do meu ex-marido atrasar a pensão da minha filha”. Silvia gasta R$ 1.600 de aluguel e R$ 950 com despesas fixas de casa. Recebe R$ 1.000 de pensão do ex-marido e vive pedindo dinheiro aos pais. “Não sei para onde vai meu dinheiro, mas comigo ele nunca fica e eu não consigo guardar nada”. Silvia se diz preocupada com o futuro.


Aqui, Erasmo Vieira também acha que estão faltando algumas informações (e quando a gente não percebe que gasta, os problemas aumentam). “Não saber aonde vai o dinheiro é muito comum para a pessoa que não tem controle do orçamento. Uma empresa que não controla o caixa, quebra. Com uma pessoa acontece a mesma coisa. A primeira tarefa é descobrir o que está sendo feito com o dinheiro. Para isso, é preciso anotar todos os gastos no período de 30 dias e colocar em uma planilha. Só assim poderá enxergar os gastos e planejar os próximos passos. Nesse planejamento, a gente tem que colocar os sonhos na conta. Todos sabemos que um dia vamos nos aposentar e, quanto mais cedo começar a pensar, melhor será a sua aposentadoria. Conheça seu orçamento e estabeleça um sonho que a motive a criar uma prestação do bem: uma reserva financeira para o futuro. Nem é tão difícil quanto se imagina”, diz.

Fonte;http://delas.ig.com.br/comportamento/com

Nenhum comentário:

Postar um comentário